O punk vai além de quebrar garrafas, como afirmam os integrantes do Bad Religion. Segundo o vocalista Greg Graffin, o propósito de um adolescente pode ser mais agressivo, mas as ideias podem permanecer agressivas ao longo da vida. Em uma apresentação no The Town, a banda americana deixou claro que o punk é muito mais do que apenas rebeldia juvenil.

O Bad Religion ministrou uma verdadeira aula de punk durante o show no The Town. Com passagens por diversos locais, incluindo o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o grupo mostrou a força e a atitude característica desse estilo musical. E antes de subirem ao palco, Greg Graffin e o baixista Jay Bentley conversaram com o DE sobre as diferenças entre o punk nos anos 1980 e nos dias atuais.

Para Greg, desafiar as ideias convencionais é essencial para o punk. Mesmo quando jovem e sentindo-se rebelde, ele sempre buscou questionar as normas da sociedade. Essa postura desafiadora pode levar não apenas ao desenvolvimento individual, mas também ao progresso da sociedade como um todo. Portanto, o punk sempre esteve focado em provocar reflexões e mudanças positivas.

Jay Bentley ressaltou a importância do conteúdo lírico no punk. Para ele, o punk vai muito além da estética visual, como cabelos espetados e jeans rasgados. Elvis Costello foi uma influência marcante em sua formação musical punk, e ele acredita que é essencial encontrar novas formas de compartilhar ideias. A essência do punk está na troca de ideias e no aprendizado mútuo.

A mensagem transmitida pelo Bad Religion vai de encontro à visão estereotipada do punk. Para a banda, o punk não se resume a atitudes de rebeldia gratuitas, como quebrar garrafas e causar tumulto. O verdadeiro punk está na capacidade de compartilhar ideias e inspirar mudanças positivas na sociedade. A apresentação no The Town em 2025 foi mais do que um show, foi uma manifestação de resistência e questionamento.