Bahia: site ajuda na recuperação de celulares furtados

Foi lançado nesta terça-feira (11) um sistema que dificulta a revenda de aparelhos proveniente de roubos e furtos e que facilita a devolução dos itens aos proprietários, o site Alerta Celular. O sistema foi desenvolvido pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e já está em vigor na cidade.

O sistema permite que os agentes policiais consigam consultar o banco de dados e através dele verificar se o item apreendido ou em análise está cadastrado como roubo ou furto. Caso seja confirmado, o aparelho é apreendido e levado à delegacia e, baseado nos dados cadastrados, devolvido ao verdadeiro dono, que será acionado através do e-mail cadastrado.

Como funciona a plataforma

Para que seja possível o cadastro do aparelho, o dono do celular furtado ou roubado deve cadastrar o número do IMEI, que fica disponível no aparelho ou na nota fiscal do produto na embalagem original do celular. Caso o proprietário não consiga localizar a informação, basta discar o IMEI pelo número **#06# no aparelho e, assim, realizar o cadastro, vinculando o equipamento aos seus dados.

Após feito o cadastro, deve ser feito o Boletim de Ocorrência (BO) em qualquer unidade da Polícia Civil ou na Delegacia Digital, se o crime não tiver ocorrido violência física. O proprietário tem até 48 horas, após acionar o sistema, para registrar o BO. Caso isso não ocorra, o alerta é cancelado.

Ricardo Mandarino, titular da SSP-BA, indica que o objetivo maior do sistema é conseguir interromper o ciclo de receptação. “A Polícia, sabendo a origem ilícita do aparelho, fica muito mais fácil responsabilizar quem alimenta esse tipo de comércio ilegal”, diz.

Mandarino também acrescenta que o site deve influenciar na redução de roubos em ônibus, já que o maior alvo das ações são aparelhos de passageiros em transporte público. O sistema também deverá servir na criação de estatística sobre roubo e furto de celular, além do índice de recuperação deles.

 

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

MS alerta sobre ressurgimento do sorotipo 3 da dengue

O Brasil está enfrentando um aumento preocupante no registro de casos do sorotipo 3 da dengue, especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. Essa ampliação foi observada principalmente nas últimas quatro semanas de dezembro de 2024, um período que tem alarmado as autoridades sanitárias do país.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o sorotipo 1 da dengue foi o mais predominante em 2024, identificado em 73,4% das amostras que testaram positivo para a doença. No entanto, estamos vendo uma mudança significativa para o sorotipo 3, como destacou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, durante uma coletiva de imprensa recente.

O sorotipo 3 não circula no Brasil desde 2008, o que significa que grande parte da população está suscetível a essa variante do vírus. “Temos 17 anos sem esse sorotipo circulando em maior quantidade. Então, temos muitas pessoas suscetíveis, que não entraram em contato com esse sorotipo e podem ter a doença”, explicou Ethel Maciel.

Monitoramento e prevenção

Diante desse cenário alarmante, o Centro de Operações de Emergência (COE) está intensificando o monitoramento da circulação desses vírus. Uma projeção baseada nos padrões registrados em 2023 e 2024 indica que a maior parte dos casos de dengue esperados para 2025 deve ser contabilizada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Nessas localidades, é esperada uma incidência acima do que foi registrado ao longo do ano passado.

O efeito do El Niño e as altas temperaturas, combinados com extremos de temperatura e a seca, contribuem para a proliferação de mosquitos, principais vetores da dengue. “Também temos o problema da seca, que faz com que as pessoas armazenem água, muitas vezes, em locais inadequados. E isso também faz com que a proliferação de mosquitos possa acontecer”, explicou Ethel Maciel.

Outras doenças vetoriais

Além da dengue, outras doenças vetoriais também estão sendo monitoradas. Nas últimas quatro semanas de 2024, 82% do total de casos prováveis de Zika identificados no país se concentraram no Espírito Santo, Tocantins e Acre. Já para a Chikungunya, 76,3% dos 3.563 casos prováveis identificados se concentraram em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Os estados se repetem, alguns deles, para dengue, Zika e Chikungunya, destacou a secretária, evidenciando a necessidade de uma abordagem integrada na prevenção e controle dessas doenças.

A febre do Oropouche também apresentou um aumento significativo, com 471 casos identificados na primeira semana de 2024 e 98 casos na primeira semana de 2025. A maior concentração de casos está no Espírito Santo, com casos importados em outros estados como Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul.

Diante desses dados alarmantes, é crucial que a população adote medidas de prevenção, como eliminar locais de reprodução do mosquito Aedes aegypti e manter hábitos de higiene e vigilância sanitária.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp