Bailarina gaúcha busca apoio para representar Brasil no Ballet da Ópera de Paris

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Bailarina gaúcha é selecionada para final de audição do Ballet da Ópera de Paris

Manoela Fernandes dos Santos, de 32 anos, foi escolhida entre 16 bailarinas no mundo e busca apoio financeiro para representar o Brasil na França.

A bailarina gaúcha Manoela Fernandes dos Santos começou a dançar aos 2 anos, antes mesmo de aprender a escrever. Hoje, aos 32, acumula prêmios em festivais como o Interamericano de Danças e o Swindance Festival, e já se apresentou em oito países. Agora, foi uma das 16 bailarinas selecionadas em todo o mundo para a final da audição presencial da Grand Audition, que pode levá-la ao Ballet da Ópera de Paris, um dos mais prestigiados do mundo – o passo mais importante da carreira.

> “Minha relação com a dança e com a minha vida de bailarina é que a vida de bailarina faz parte de mim. Então, eu não consigo me desgrudar, me desprender da vida de bailarina”, conta Manoela.

Uma audição de ballet é um teste onde bailarinos demonstram técnicas e expressão artística para obter bolsas de estudo, contratos ou admissão em escolas e companhias de dança.

Da escola de balé em Porto Alegre, onde ela treina desde pequenininha, até a possibilidade de se apresentar em um dos maiores palcos da dança mundial, o caminho da Manuela sempre foi trilhado com muito esforço, persistência e talento. Mas, agora, o que separa a bailarina do sonho em Paris não é nenhuma coreografia difícil, e sim os custos dessa viagem.

A audição ocorre no fim de dezembro deste ano na França. O custo estimado da viagem é de R$ 50 mil, incluindo passagem aérea, estadia e alimentação durante os cinco dias de testes. Para arrecadar o valor, ela conta com apoio da família, da escola de ballet e de doações.

“Quando ela tinha 4, 5 aninhos, ela dizia que ia morar na França. E nós olhávamos para ela assim, ‘meu Deus, de onde ela tirou isso?’ Agora, com essa oportunidade, que é sonho para ela, é sonho para todos nós, é sonho para todas as crianças do Projeto Balé para Todos”, conta a professora Elizabeth Cristina Fernandes.

Manoela, que carrega no corpo a leveza da dança, e nos pés a força de quem sonha alto, é um exemplo para as novas gerações de bailarinas, como contam Melissa Vitória de Oliveira Quadros, de 11 anos, Valentina Carvalho, de 12, e Ana Clara Rodrigues Chaves, 14.

Ela segue ensaiando e buscando apoio para realizar o sonho de representar o Brasil em uma das companhias mais prestigiadas do mundo.

“Poder ter a nossa professora que já nos deu aula, já teve aula com a gente, em um palco tão grande assim, também nos dá expectativas de futuro, porque muitas bailarinas aqui também querem seguir essa carreira, querem poder chegar também um dia, talvez, no Ópera”, declara Ana Clara.

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