Bairro que já foi cidade, Campinas completa 213 anos

Bairro que já foi cidade, Campinas completa 213 anos

O bairro mais antigo do que a própria capital Goiânia completa, neste sábado, 8, mais um ano de existência. São 213 anos, com comércio movimentado e muita história para contar. O bairro que já foi uma cidade independente de Goiânia nasceu em 1810, quando um grupo liderado por por Joaquim Gomes da Silva Gerais buscava minas de ouro recém descobertas na região.

Percebendo a terra vasta e cheia de água, Joaquim Gomes resolveu construir sua fazenda no que hoje é chamada de Campinhinha. Décadas mais tarde, com a vinda dos padres redentoristas em direção à Trindade, em 1894, a cidade teve um outro rumo na sua história. Foram os padres redentoristas que trouxeram novidades para o então pequeno vilarejo, como a motocicleta, a primeira linha telefônica e primeira serraria.

A emancipação política do vilarejo veio em 1914, mas durou pouco tempo, pois em 1933 a cidade serviu de apoio durante a construção de Goiânia. Depois da transferência definitiva para nova capital goiana, Campinas foi transformada em bairro, em 1935.

O crescimento comercial do bairro aconteceu na década de 1970, quando Brasília já estava construída e Goiânia teve um crescimento populacional. Empresas se instalaram na região, transformando a famosa Avenida 24 de outubro em uma área nobre para o comércio.

Atualmente, Campinas tem de tudo e poderia viver de forma autônoma com hotéis, praças, escolas tradicionais, igrejas históricas, bibliotecas, parques, cemitério, centro cultural, estádio, camelódromo, mercado municipal e um comércio com toda sorte de variedade que se possa imaginar.

 

 

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Mulheres processam Johnson & Johnson por alegações de talco causar câncer de ovário

Quase 2 mil mulheres britânicas, incluindo pacientes com câncer, sobreviventes e suas famílias, estão se preparando para mover uma ação coletiva contra a Johnson & Johnson, alegando que o uso do talco da empresa causou câncer de ovário. Este será o primeiro processo desse tipo enfrentado pela companhia no Reino Unido, e tem o potencial de se tornar a maior ação judicial envolvendo um grupo farmacêutico na história da Inglaterra e País de Gales. Nos Estados Unidos, a Johnson & Johnson já enfrentou mais de 62 mil processos relacionados ao talco, resultando em pagamentos ou reservas de pelo menos US$ 13 bilhões em indenizações.

Contaminação com Amianto e Ação Judicial

As advogadas das reclamantes alegam que o talco da Johnson & Johnson estava contaminado com amianto, uma substância cancerígena, e que a empresa omitiu informações sobre o risco aos consumidores. Tom Longstaff, sócio da KP Law, que representa as vítimas no Reino Unido, afirmou: “A empresa sabia há décadas que o amianto estava presente e era perigoso, mas não fez nada para alertar os consumidores. Estamos empenhados em ajudar o maior número possível de pessoas a buscar justiça contra os executivos ávidos por lucro.”

Por sua vez, a Johnson & Johnson refuta as acusações e defende que elas são ilógicas e distorcidas. A empresa descontinuou a venda de talco à base de minerais no Reino Unido em 2022 e nos Estados Unidos em 2020, citando pressões financeiras e “desinformação” em torno do produto como justificativa.

Embora o talco seja fabricado a partir de um mineral natural, estudos sugerem que ele pode conter pequenas quantidades de amianto, cujas fibras podem causar danos graves ao corpo humano, como inflamações e câncer. Em julho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o talco mineral como “provavelmente cancerígeno para seres humanos”.

Relatos de Mulheres Diagnosticadas com Câncer de Ovário

Entre as mulheres que ingressaram na ação está Linda Jones, de 66 anos, diagnosticada com câncer de ovário em novembro do ano passado. Ela usou talco desde a infância e compartilhou sua surpresa ao descobrir uma possível ligação entre o uso do produto e sua doença. “Confiávamos no que os anúncios diziam. Quando fui diagnosticada, nunca imaginei que o talco poderia ter causado isso”, afirmou Linda.

Cassandra Wardle, de 44 anos, também foi diagnosticada com câncer de ovário em 2022 e usou talco desde a infância, assim como Sharon Doherty, de 57 anos, diagnosticada com câncer de ovário e trompa de falópio. Sharon passou por cirurgia e quimioterapia, mas a doença retornou, e ela aguarda tratamento pelo NHS.

Posicionamento da Johnson & Johnson

A Johnson & Johnson se defende, afirmando que sempre priorizou a segurança de seus produtos. Erik Haas, vice-presidente global de assuntos jurídicos da empresa, declarou que a companhia utilizou protocolos de testes rigorosos ao longo das décadas e que esses testes mostraram consistentemente a ausência de amianto no talco para bebês. Além disso, Haas afirmou que estudos independentes não associam o talco ao câncer de ovário ou ao mesotelioma.

Ele também destacou que a empresa venceu ou reverteu em apelação a maioria dos casos nos Estados Unidos relacionados a essas alegações.

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