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Baixa umidade: consequências para a saúde e o que pode ser feito para amenizá-las

Última atualização 15/07/2023 | 15:56

Com grande parte do país, principalmente Goiás, em alerta por conta da baixa umidade do ar, é importante ficar atento aos impactos disso na saúde respiratória. De acordo com o médico nutrólogo e intensivista, José Israel Sanchez Robles, há estratégias simples de proteção que podem manter o corpo hidratado e longe de complicações.

“A baixa umidade do ar pode levar ao ressecamento das vias aéreas superiores, como nariz e garganta. Isso pode causar desconforto, irritação, coceira, além de aumentar a incidência de infecções respiratórias. Para pessoas que já possuem doenças respiratórias, como asma ou bronquite, a baixa umidade pode agravar ainda mais os sintomas, tornando a respiração mais difícil e desencadear crises. A pele também é afetada e tende a ficar seca, áspera, propensa a rachaduras”, lembra o médico.

Por isso, apesar de ser de conhecimento de todos, o óbvio precisa ser dito: “Beber muito líquido, principalmente água, é essencial para manter o organismo hidratado. O líquido ajuda também na lubrificação de mucosas protegendo o corpo do ar seco. Além disso, para quem tem condições, os umidificadores de ar são uma ótima opção para aumentar a umidade de um ambiente”, reforça José Israel.

O especialista também pontua que é importante evitar banhos muito quentes, pois isso pode contribuir para o ressecamento da pele. “O ideal são banhos mornos ou mesmo frios e a utilização de hidratantes corporais. a alimentação, por fim, é sempre importante. Incluir frutas e verduras na dieta contribui para pele e organismo hidratados, um sistema imunológico mais forte que previne complicações”, afirma.

Crescem casos

O alerta se faz importante, pois, segundo dados do Ministério da Saúde, houve uma alta de 89,73% nos registros hospitalares e ambulatoriais de doenças respiratórias de janeiro a maio de 2022, quando comparado com o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho deste ano, foram 1.026.005 atendimentos de doenças respiratórias, contra 674.795 no mesmo período de 2021.

Vale lembrar que, em 2022, a incidência de pessoas com Covid-19 diminuía em relação ao período de 2021, quando a pandemia atingia mais pessoas. Prova disso, foi que a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que inclui a Covid-19, foi a única que apresentou queda. Por isso, além do coronavírus, um fator que contribuiu para doenças respiratórias foi o tempo seco.

“Os riscos, somados ao fato de estar desidratado faz a pessoa não ter uma resposta adequada a uma agressão infecciosa, por exemplo, e que na verdade faz com que você precise de mais água. O metabolismo necessita naturalmente de uma grande quantidade de água para seu funcionamento, cuja absorção vem através da ingestão direta e de alimentos”, conclui o médico.