Baldy visita obras do BRT e Marginal Botafogo, em Goiânia

Ministério das Cidades vai antecipar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para que o início das obras tenham uma maior velocidade

Os ministros das Cidades, Alexandre Baldy, e da Integração Nacional, Helder Barbalho, visitaram, na manhã desta quarta-feira (4), as obras do Bus Rapid Transit (BRT) e da Marginal Botafogo, em Goiânia. Acompanhados de outras autoridades, eles anunciaram a liberação de recursos na ordem de R$ 270 milhões e R$ 7 milhões, respectivamente, para os trabalhos. O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), evitou falar sobre prazos para finalizar as construções e reparos.

Os ministros iniciaram a visita no Terminal Recanto do Bosque, no Setor Morada do Sol, região norte de Goiânia, onde as obras do BRT recomeçaram no último dia 22 de março. Elas estavam paralisadas desde junho de 2017.

O Ministério das Cidades vai antecipar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para que o início das obras tenham uma maior velocidade, segundo Baldy. Inicialmente, o trecho norte será beneficiado, mas o ministro pontuou que não haverá falta de verba, caso necessário, para a conclusão das obras.

O prefeito Iris Rezende disse que a obra do BRT foi dividida em duas: a da região norte segue com a empresa vencedora da licitação. Já na região sul uma outra companhia será escolhida.

O projeto do BRT pretende atender 148 bairros de Goiânia e Aparecida de Goiânia com 93 ônibus – sendo 28 veículos articulados e 65 convencionais – em quatro linhas. A expectativa é de que cerca de 120 mil pessoas usem o transporte diariamente, sendo 15 mil no horário de pico. Com o sistema, os coletivos passariam da média de 14 km/h para 28 km/h.

O novo sistema ligará as regiões norte (Terminal Recanto do Bosque em Goiânia) e sul (no terminal de Integração Cruzeiro do Sul, na divisa com Aparecida de Goiânia). Entre as vias que estão entre o trajeto estão a Avenida Rio Verde, Avenida 4ª Radial, Avenida Goiás, Avenida Lúcio Rebelo, Rua Oriente.

A comitiva seguiu para a Marginal Botafogo. O ministro Helder Barbalho afirmou que recebeu do presidente Michel Temer o pedido para priorizar as obras na via. Ao todo, para reparos emergências, foram liberados R$ 7 milhões, disponíveis à prefeitura assim que a empresa responsável for contratada.

A Marginal Botafogo tem trechos interditados por conta de inúmeras erosões e desmoronamento. Obras estruturais e de recuperação são feitas no local desde o último dia 22 de março, quando o bloqueio foi definido, após fortes chuvas caírem na cidade.

Via G1

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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