Balneário Camboriú quer transformar lodo de esgoto em pedra; entenda
O município anuncia que será o primeiro do país a participar de um estudo inovador que visa transformar o lodo gerado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em pedra. A assinatura do termo de cooperação entre a Prefeitura e uma empresa viabiliza a implementação de uma peça-piloto para testar a nova tecnologia.
A Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) enfrenta atualmente o desafio de destinar cerca de 20 toneladas de lodo a aterros sanitários todos os dias, resultando em um custo anual de R$ 4,9 milhões. Além do impacto financeiro, a prefeitura destaca a importância da questão ambiental envolvida no descarte do lodo.
Com a implementação da nova tecnologia, cada tonelada de lodo poderá ser reduzida a aproximadamente 300 quilos de pó contaminado, resultando em 30 quilos de pedra inerte. Esse processo de transformação envolve etapas que incluem a submissão da substância a temperaturas superiores a 5 mil graus Celsius, garantindo a eliminação de poluentes.
O termo de cooperação assinado permite a instalação da peça-piloto na ETE de Balneário Camboriú, sem custos diretos para o município. Os testes serão supervisionados por técnicos e engenheiros da Wastech Brasil, parceira no projeto, com acompanhamento da prefeitura. O estudo que fundamenta a iniciativa está em desenvolvimento há 14 anos e passará por testes técnicos de certificação nos próximos meses.
Essa parceria inovadora coloca Balneário Camboriú na vanguarda da busca por alternativas sustentáveis para o tratamento de esgoto e a redução de resíduos. A expectativa é de que o projeto resulte em benefícios tanto financeiros quanto ambientais para o município, contribuindo para uma gestão mais eficiente e responsável dos recursos hídricos da região.