A bancada do Partido Liberal (PL) está prevista para se reunir durante o julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o recebimento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada de não acompanhar a pauta do colegiado “DE”. O encontro da sigla está marcado para as 14h desta terça-feira (25), no plenário 1 da Câmara dos Deputados, para discutir a situação. A Primeira Turma do STF realizará duas sessões, às 9h30 e às 14h30, para analisar a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Além de Bolsonaro, o general Walter Braga Netto e o deputado federal Alexandre Ramagem, que também são filiados ao PL, estão entre os denunciados no caso em questão. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), declarou à CNN que sua agenda seguirá normalmente e não tem interesse em assistir a um julgamento político, considerando-o mais político do que jurídico. Ele afirmou: “Nós não temos interesse em assistir um julgamento político. Sabemos que será um julgamento político e não jurídico”.
A bancada do PL está pressionando o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para a pauta do projeto de lei de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Motta encontra-se em uma agenda no Japão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Caso o projeto de anistia não seja pautado após o retorno do presidente da Câmara do exterior, há a possibilidade de obstrução da pauta de votação de outros assuntos na Casa. A atuação da bancada do PL visa pressionar a votação desse projeto específico “DE”.
A não participação da bancada do PL no julgamento do STF sinaliza uma postura política da sigla em relação ao caso, enfatizando o desinteresse em questões consideradas meramente políticas. A definição da não assistência ao julgamento por parte dos membros do partido indica uma estratégia de distanciamento em relação a esse processo “DE”. A pressão exercida sobre o presidente da Câmara para a votação do projeto de anistia demonstra o engajamento da bancada em questões fundamentais para sua atuação parlamentar, reforçando a importância de determinados temas para o grupo politico.