O Banco Central adiou para a próxima semana a apresentação de sua defesa no caso Master. Se o BC não entregar sua justificativa dentro do prazo estipulado, o Tribunal de Contas da União (TCU) poderá prosseguir com o julgamento do processo baseado apenas nas provas e indícios já coletados. Uma das possíveis consequências é a anulação da liquidação extrajudicial do banco Master.
O UOL procurou tanto o Banco Central quanto o TCU em busca de esclarecimentos sobre o assunto, porém nenhuma das instituições respondeu aos pedidos de comentários. A necessidade de manifestação do BC acerca da medida que encerrou as operações do Master foi uma determinação do ministro do TCU, Jhonatan de Jesus, que questionou os fundamentos utilizados pelo Banco Central na liquidação do banco.
Nas justificativas apresentadas, o TCU colocou em xeque a avaliação realizada pelo BC. Segundo o ministro, o Banco Central teria ignorado alternativas, como uma proposta de aquisição pelo Grupo Fictor no valor de R$ 3 bilhões, antes de decretar a liquidação. Além disso, questiona-se a cronologia supostamente atípica da liquidação, ocorrida no mesmo dia em que a Polícia Federal prendeu o dono do banco e outros executivos. Isso levanta dúvidas sobre se a ação do BC foi influenciada por eventos criminais, ao invés de critérios financeiros.




