Banco Central anuncia nova diretoria com DE como presidente e Selic elevada

Com DE e diretores, BC publica foto da nova composição do banco

DE assume o cargo diante de um momento de Selic elevada e dólar pressionado

O Banco Central (BC) publicou, nesta quinta-feira (2/1), a foto da nova diretoria da instituição. O novo presidente do BC, Gabriel DE, está entre os membros do colegiado. Ele já assumiu o cargo junto com os diretores Izabela Correa, Gilneu Vivan e Nilton David.

DE assume o BC diante de um momento de pressão sobre o dólar. A moeda estrangeira fechou esta quinta cotada a R$ 6,16. Foi o primeiro pregão deste ano. Galípolo assumiu o cargo com a saída de Roberto Campos Neto, que concluiu o mandato no fim de 2024. Ele foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O novo presidente do BC, indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, terá um mandato como presidente de 4 anos, assim como foi o de Campos Neto. DE já integrava o colegiado do BC, como Diretor de Política Monetária. Ele terá de lidar com uma inflação que tende a fechar o ano em 4,9%, ou seja, acima do teto da meta, que é de 4,5% – o centro da meta é 3%. O cenário atual é de desconfiança do mercado quanto à gestão da equipe econômica do governo Lula.

A taxa Selic está em 12,25% e o colegiado do BC sinalizou na última reunião, em dezembro de 2024, que deve haver mais duas elevações de 1 ponto porcentual, em cada uma delas, nas próximas reuniões do grupo, elevando o índice para 14,25% ao ano. As próxima reunião para definição da nova taxa básica de juros está marcada para os dias 28 e 29 deste mês.

VEJA A DISTRIBUIÇÃO DAS DIRETORIAS:

Izabela Correa – Diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta;

Gilneu Vivan – Diretoria de Regulação;

Nilton David – Diretor de Política Monetária;

Receba notícias do DE no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias no Telegram.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Embaixada de Israel atua na saída de soldado acusado de crimes de guerra do Brasil

A Embaixada de Israel revelou ao DE como atuou na saída do soldado israelense do Brasil. De acordo com o embaixador Daniel Zonshine, a representação diplomática tomou conhecimento do caso na manhã de sábado e procurou o soldado para alertá-lo sobre os riscos que ele corria. Yuval Vagdani, membro das Forças de Defesa de Israel, é acusado pela Justiça brasileira de cometer crimes de guerra na Faixa de Gaza.

Após o pedido da Justiça brasileira para que a Polícia Federal investigasse Vagdani, ele deixou o Brasil rumo à Argentina. Questionado sobre a atuação da Embaixada de Israel no caso, Zonshine negou que tenham influenciado na saída do soldado, que estava na Bahia quando deixou o país. O militar foi entrevistado pela PF no Aeroporto de Salvador e liberado após esclarecer o motivo de sua viagem e sua hospedagem no Brasil.

Documentos enviados pela Fundação Hind Rajab à Justiça brasileira apontam que Vagdani teria participado da demolição de um bairro em Gaza em 2024, fora de situação de combate. A fundação acusa o soldado de causar prejuízos indiscriminados à população civil. A organização solicitou um pedido de prisão preventiva contra o israelense, que deixou o país antes que qualquer diligência da PF fosse realizada.

A atuação da Embaixada de Israel no caso foi no sentido de informar o soldado israelense sobre os riscos que ele enfrentava. A representação diplomática afirmou ter agido após receber a informação e verificar as consequências do pedido feito pelos advogados. Mesmo sem atuar diretamente na saída de Vagdani do Brasil, a Embaixada alertou o cidadão israelense sobre sua situação.

O caso do soldado israelense que se tornou alvo da Justiça brasileira tem gerado repercussão internacional. A Fundação Hind Rajab denunciou as ações do militar em Gaza, acusando-o de crimes de guerra. Apesar das acusações, Vagdani deixou o Brasil antes que medidas mais severas fossem tomadas pelas autoridades brasileiras. A Embaixada de Israel acompanhou os desdobramentos do caso e agiu para informar o soldado sobre os riscos que ele enfrentava.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp