Banco Central confirma vazamento de dados do PIX de quase 160 mil clientes

Cerca de 159,6 mil clientes tiveram dados de PIX vazados, confirmou o Banco Central (BC). Eles são clientes da Acesso Soluções de Pagamento e devem ser notificados pela instituição financeira. De acordo com a autarquia, o problema ocorreu por problemas no sistema da empresa. O vazamento será apurado e a empresa pode ser penalizada de multas à inabilitação para atuar como administrador e para exercer cargo em órgão previsto em estatuto.

“Não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”, informa o Banco Central.

Como um cliente pode ter mais de um Pix, a estimativa é de 159.603 pessoas físicas tenham sido afetadas, totalizando 160.147 chaves potencialmente expostas. Todas elas serão notificadas por meio do aplicativo ou pelo internet banking de sua instituição de relacionamento. O BC alerta para a possibilidade de aplicação de golpes com os dados vazados.

A orientação é desconfiar de mensagens SMS ou de aplicativos enviadas por números desconhecidos incitando a clicar em links enviados por eles, nunca fornecer informações pessoais, códigos recebidos via SMS ou senhas bancárias ou autorizar acesso remoto ao aplicativo ou internet banking e ter cuidado com e-mails e páginas falsas que tentem se passar por qualquer instituição financeira.

Exposição

É a segunda exposição de informações relacionada a esse meio de pagamento eletrônico instantâneo reconhecido pelo BC. No vazamento divulgado pelo BC, 395.009 chaves Pix tiveram  consultas indevidas a informações relacionadas a elas. O caso ocorreu em setembro do ano passado com cadastros sob guarda do Banco do Estado de Sergipe (Banese).

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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