Banco de sangue da Rede Hemo tem déficit de 20%; média de doadores representa 1,5% da população goiana

Banco de sangue da Rede Hemo tem déficit de 20%; média de doadores representa 1,5% da população goiana

O número de doações nos nove pontos de coleta da Rede de Hemocentros de Goiás segue em queda. O déficit do estoque de sangue, por exemplo, está na casa dos 20%, conforme a diretora técnica da Rede Hemo, Ana Cristina Novais.

Porém, o déficit envolvendo os estoques de sangue negativo é ainda maior, visto que esses tipos sanguíneos são mais incomuns no meio goiano, além de serem mais utilizados durante emergências. 

“Às vezes a pessoa chega ao hospital baleada ou esfaqueada e não dá tempo de fazer os exames pré-transfusionais. Então a gente usa o sangue O -, considerado o sangue universal. Como a demanda por esse tipo de sangue é maior, as nossas atenções se voltam para ele, já que registra mais queda”, explicou.

Baixa doação 

Ainda de acordo com a diretora, o número de doadores do estado representa, em média, 1,5% da população total. Porém, durante a pandemia, esse número que já era baixo caiu ainda mais. O problema, conforme Cristina, foi que o número de vítimas subiu até 70% em determinados momentos, principalmente por conta da dengue e da própria Covid-19. 

“A nossa distribuição aumentou bastante. As mesmas doenças que baixaram o número de doações foram as mesmas que fizeram a procura por sangue aumentar. Com certeza registramos aumento no número de pacientes que precisaram de sangue”, contou.

Doação de sangue

Em todas as unidades da Rede Hemo, o atendimento pode ser agendado no site do Hemocentro ou no número 0800-642-0457. As unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 8h às 12h, em Goiânia, Rio Verde, Jataí, Catalão, Ceres, Iporá, Quirinópolis, Formosa e Porangatu.

Quem pode doar

  • É necessário estar saudável;
  • Ter peso acima de 50 kg;
  • Apresentar documento com foto;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos, sendo que antes de completar 18 anos é necessário autorização dos responsáveis. Para os idosos, é preciso a primeira doação dele tenha sido feita até 60 anos;
  • Quanto às vacinas contra a Covid-19, os prazos são variáveis: Coronovac (aguardar 2 dias) e Pfizer/AstraZeneca/Jassen (aguardar 1 semana);
  • Quem tomou a vacina da febre amarela deve aguardar 30 dias para fazer uma doação;
  • Já para vacina contra gripe, o prazo é de 48 horas;
  • Pessoas que tiveram contato com pacientes infectados ou com suspeita de Covid-19 devem ficar 14 dias sem poder doar. Já para quem foi considerado caso suspeito ou confirmado, o prazo de inaptidão é de 30 dias após a remissão dos sintomas.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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