Banco falso em prédio de luxo vendia imóveis dados como garantia, revela delegado em operação milionária.

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Falso banco que funcionava em prédio de luxo vendia imóveis dados como garantia por empréstimos, diz delegado

Golpistas conseguiam poder de transferir imóveis alegando que empréstimos seriam realizados em nome de cliente VIP, informa a polícia. Mais de 80 mandados foram cumpridos e R$ 3 milhões foram sequestrados.

Falso banco vendia imóveis dados como garantia por empréstimos, diz delegado

O falso banco que funcionava em um prédio de luxo em Goiânia vendia os imóveis dados como garantia por empréstimos, disse o delegado Luiz Carlos Cruz. O grupo que operava a instituição falsa é investigado por dar um golpe de mais de R$ 3 milhões em pelo menos dez vítimas.

O delegado informou que o falso banco funcionou por cerca de 3 anos. O caso veio à tona a partir da operação La Casa de Papel, deflagrada pela Polícia Civil na sexta-feira (7). O nome dos suspeitos não foi divulgado. O DE não conseguiu contato com a defesa deles.

De acordo com Luiz Carlos, os golpistas ofereciam empréstimos que tinham os imóveis como garantias. Em seguida, o falso banco conseguia os poderes de transferência dos imóveis dizendo que o empréstimo precisaria ser feito no nome de um cliente VIP para que o dinheiro saísse.

> “Eles tinham uma sofisticação. Esse empréstimo não era feito no nome da vítima, dona do imóvel. Era no nome de um terceiro. Esse banco apresentava um cliente VIP, multimilionário, que precisaria de um empréstimo. E, para liberar o empréstimo para esse cliente, a vítima precisaria aportar seu imóvel”, explicou o delegado.

Com poderes de transferência, o grupo vendia os imóveis para terceiros de boa fé, disse o delegado Luiz Carlos Cruz. O dinheiro dos empréstimos nunca saiu para os donos dos imóveis. Em alguns casos, as vítimas também pagavam altas taxas para receber o empréstimo, informou o delegado.

Ao todo, a operação cumpriu 83 mandados judiciais, entre busca e apreensão, quebra de sigilo fiscal, quebra de sigilo bancário, além do sequestro dos R$ 3 milhões em patrimônio dos investigados, segundo o delegado. Entre os itens apreendidos estão relógios e uma caminhonete. Ninguém foi preso.

De acordo com o delegado, ao perceber que as vítimas registraram as primeiras denúncias, o grupo se desfez e o falso banco encerrou as atividades. A operação La Casa de Papel foi realizada pelo Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Anápolis nas cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia, e também em Sobradinho, no DF.

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