Bandidos armados invadem hangar e roubam 3 aviões em Aquidauana

Bandidos fortemente armados invadiram o Aeroclube de Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande, e roubaram três aeronaves guardadas no hangar. Um dos aviões de pequeno porte pertence ao cantor Almir Sater e os outros dois, a empresários da cidade pantaneira.

Segundo o delegado Jackson Vale, de Aquidauana, “é um típico crime de organização criminosa, que rouba aeronaves para usar no tráfico de entorpecentes”. Cada avião roubado está avaliado em cerca de R$ 650 mil.

A ação durou cerca 30 minutos, o que mostra a extrema organização do grupo. “Os bandidos tinham sotaque de bolivianos e paraguaios. As vítimas não souberam distinguir”, detalha o delegado.

Conforme apurado pela Campo Grande News, a primeira aeronave pertence a Zelito Alves Ribeiro, irmão do prefeito de Aquidauana, Odilon Ferraz Alves Ribeiro (PSDB).

O segundo avião está em nome da empresária Liliane Paschoaletto Trindade. A terceira aeronave pertence ao cantor Almir Sater.

Conforme o delegado, entre 15 e 18 ladrões participaram da ação. “Quando eles chegaram disseram que ninguém poderia reagir porque eles estavam em 18 pessoas. Mas 5 renderam e depois chegaram entre 10 e 13 pessoas”.

Eles chegaram por volta das 2h30 da madrugada desta segunda-feira (06), com toucas, luvas e roupas pretas. Todos armados. Antes, cortaram a cerca e entraram pela cabeceira da pista, na região dos trilhos da ferrovia. No local, não há estrutura de segurança, apenas uma cerca de madeira e arame farpado.

Renderam o caseiro que mora no local, junto de 2 filhos adolescentes. Depois, levaram as vítimas até o hangar em que estavam as aeronaves e lá mantiveram elas presas na grade de proteção do tanque de combustível.

O roubo foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana. Depois de serem avisados do crime, policiais militares da cidade foram ao local e encontraram duas das vítimas em frente ao Aeroclube. Elas estavam com as mãos presas por lacres e foram liberadas pelas equipes.

Os bandidos tentaram entrar em 5 aviões, mas só conseguiram arrombar 3. Abasteceram para 5 horas de voo e decolaram com as aeronaves. Só depois de perceberam que todos os envolvidos haviam fugido, os funcionários saíram em busca de socorro.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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