Banho em pets: veterinária explica sobre frequência ideal e impactos na saúde
dos animais
A falta de banho pode causar problemas na saúde de um animal, mas o excesso
também pode enfraquecer a imunidade da pele do pet.
Dar banho nos animais domésticos vai além da estética: a higiene correta é
fundamental para manter a saúde do pet. Mas especialistas alertam que o excesso
de banho também pode ser prejudicial.
DE conversou com a veterinária Yasmin Harumi Correa, de Itapetininga (SP),
que explicou que a frequência ideal depende do estilo de vida e do ambiente em que o animal
vive. “Tudo em excesso pode fazer mal. Manter a higiene em dia ajuda a prevenir
a proliferação de bactérias e fungos”, afirmou.
Segundo Yasmin, cachorros costumam precisar de banhos mais regulares, enquanto
gatos podem passar mais tempo sem, já que fazem sua própria limpeza. A
profissional alerta que a falta de higiene adequada, especialmente em animais de
pelos longos, pode causar feridas bacterianas ou fúngicas sob os nós,
prejudicando a saúde.
Para minimizar riscos, a veterinária recomenda que os tutores escovem os pelos
dos pets regularmente. “A escovação ajuda a evitar nós e facilita a circulação
de ar na pele, prevenindo problemas de saúde”, disse.
Além dos cuidados com a higiene, alguns pet-shops têm investido em tecnologias
para tornar a experiência do banho mais segura. Em Itapetininga, um casal de
empreendedores trouxe uma máquina de secagem que atua rapidamente e controla a
temperatura, garantindo conforto e segurança para os animais e clientes.
A veterinária explicou que a falta de banho pode causar problemas na
saúde de um animal, mas o excesso também pode enfraquecer a imunidade da pele do
pet — Foto: Arquivo pessoal/Yasmin Harumi Corrêa
O indicado pela veterinária é manter o equilíbrio na frequência dos banhos,
observando a rotina do pet. “Muitos banhos também podem danificar a imunidade da
pele. Tudo em excesso pode fazer mal”, orientou.
Em dias quentes, os banhos ajudam a garantir a saúde do animal, mas os tutores
podem ficar tranquilos: cães regulam a temperatura corporal pela respiração.
“Por isso vemos os cães mais ofegantes no calor. Para refrescar, recomendamos
hidratação com água fresca, ambiente arejado e sombra”, explicou.
Na hora do banho, é importante cuidar dos olhos e ouvidos, evitando o contato
com sabão. Os pelos devem ser bem secos para impedir a proliferação de fungos e
bactérias. A escovação regular ajuda a evitar a formação de nós, enquanto a tosa
higiênica previne acúmulo de sujeira em áreas como partes íntimas.
Ao escolher um pet-shop para banho e tosa, Yasmin reforça que o local deve ser
de confiança e utilizar produtos de qualidade, garantindo o bem-estar dos
animais. Para filhotes, a recomendação é frequentar esses espaços somente após
completar o protocolo vacinal e a vermifugação. “Assim, eles têm imunidade
suficiente para entrar em contato com outros pets”, disse a veterinária.
MÁQUINA SECADORA
Os empresários Joyce Vasconcelos, de 24 anos, e Henrique Vasconcelos, de 27,
investiram na compra de uma máquina secadora para o pet-shop da família em
Itapetininga. Segundo o casal, o objetivo é trazer segurança e conforto tanto
para os animais quanto para os clientes.
“Todo dia acontece isso, ter carinho com os animais. É muito gostoso. Os
cachorros acabam criando um laço com os funcionários ao longo do tempo. O animal
sente esse carinho”, contou Joyce ao DE.
Henrique explicou que alguns animais não gostam de sopradores ou secadores
convencionais. A máquina, que seca rapidamente, tem controle de temperatura e
não emite ruídos, tornando o banho mais confortável. Em uma das cabines, podem
ser colocados até dois cães de porte grande.
“Tem cachorros de pelo curto, e outros que não gostam do soprador. A máquina
funciona como uma secadora: passamos a toalha primeiro para retirar a umidade e
depois usamos a máquina. A falta de ruído evita estresse nos animais”, disse o
empreendedor.
O casal atua no ramo de cuidados com pets há cinco anos, motivado pelo amor aos
animais e pelo desejo de montar uma loja própria. Além de banho e tosa, eles
vendem rações, petiscos, brinquedos, acessórios e outros produtos para animais.
“Fazemos o que gostamos. Escolhemos viver disso. Garantimos os cuidados básicos,
estamos sempre nos atualizando sobre produtos e entregamos aquilo que foi
combinado”, disse Henrique.
Ao receber um novo animal para banho e tosa, a equipe sempre faz perguntas aos
tutores sobre histórico de doenças, parasitas ou áreas sensíveis. “Tem tutores
que não avisam se o pet está doente. Nós ligamos quando percebemos algo,
garantindo segurança para os outros animais”, explicou.
Henrique citou que raças como Shih Tzu e Golden Retriever são mais frequentes no
banho e tosa, e que cães de pelos longos exigem mais manutenção, hidratação,
escovação e tosas regulares.
Para os tutores que optam pelo banho em casa, o casal reforça a importância de
secar bem os pelos. “Áreas úmidas podem causar proliferação de fungos e outras
bactérias”, alertou.
Veterinária de Itapetininga traz orientações sobre os cuidados
necessários com os animais ao dar banho. — Foto: Arquivo pessoal/Yasmin Harumi
Correa
DE traz orientações sobre os cuidados
necessários com os animais ao dar banho. — Foto: Arquivo pessoal/Yasmin Harumi
Correa
Segundo petshop, animais de pelos longos são os clientes mais frequentes devido
a necessidade de manutenção — Foto: Arquivo pessoal/Yasmin Harumi Correa
DE reforça a importância de
secar bem os pelos. “Áreas úmidas podem causar proliferação de fungos e outras
bactérias”, alertou.
Colaborou sob a supervisão de Carla Monteiro
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