“Banco traseiro de um carro por aplicativo, voltando de uma visita a um cliente na Ilha do Governador, com destino ao bairro do Cachambi, onde almoçaria com a mãe antes de seguir para casa, na Barra da Tijuca. A Delegacia de Polícia Civil investiga o caso.
A Polícia Militar informou que o tiroteio ocorreu durante um confronto entre criminosos na altura do Morro do Timbau, no Complexo da Maré. Um fuzil foi apreendido no local, e o policiamento foi reforçado na região. Bárbara Elisa Yabeta Borges, de 28 anos, faleceu na tarde desta sexta-feira (31) após ser alvejada na cabeça enquanto transitava de carro por aplicativo pela Linha Amarela, na Zona Norte do Rio.
Bárbara Elisa Yabeta Borges — Foto: Reprodução. A bancária Bárbara Elisa Yabeta Borges, de 28 anos, que morreu na tarde da sexta-feira (31) após ser atingida na cabeça durante um tiroteio na Linha Amarela, uma das principais vias expressas da Zona Norte do Rio, planejava conceber em breve e havia sido promovida recentemente. Na manhã deste sábado (1º), a mãe, a sogra e um tio de Bárbara estiveram no Instituto Médico-Legal (IML) do Centro para liberarem o corpo.
Andreia Assis, sogra de Bárbara, relatou que foi o marido da jovem que alertou a família sobre a presença dela no hospital. Ele percebeu que o celular da mesma estava no Hospital Federal de Bonsucesso. Ela estava no banco traseiro de um veículo por aplicativo, retornando de uma visita a um cliente na Ilha do Governador, com destino ao bairro do Cachambi, onde almoçaria com a mãe antes de ir para casa, na Barra da Tijuca. A sogra Andreia Assis e Elizabeth Borges, mãe de Bárbara, estiveram no IML do Centro do Rio para procedimentos referentes ao falecimento.
Na terça-feira (28), Bárbara mencionou: ‘Sogra, retire o chip, pois no próximo ano vou te dar o seu netinho’, ressaltou emocionada a sogra da jovem. Segundo o motorista do veículo de aplicativo, os disparos ocorreram na passarela do Fundão, nas proximidades do Complexo da Maré. Bárbara foi socorrida e levada ao hospital, porém não resistiu aos ferimentos. Casada desde o ano passado, Bárbara e o marido planejavam aumentar a família.
O marido de Bárbara estava em São Paulo a trabalho quando soube do acontecido. Segundo a sogra, ele se surpreendeu ao ver que o GPS do celular da esposa indicava que ela estava no hospital. ‘Achamos que ela tivesse passado mal ou se machucado. Mas ela chegou praticamente sem vida’, relatou. A sensação de impotência diante da violência no Rio de Janeiro foi destacada por Andreia.
Horas antes de ser atacada, Bárbara publicou em suas redes sociais sobre a importância das relações humanas. ‘Por favor, cuide de quem te ama. Cuide de quem te escuta, de quem te espera, de quem te quer bem. Não negligencie o essencial. O que tem valor, ao partir, leva um pedaço de nós. E, acredite, é caro demais perder o que não tem preço.’ A Delegacia de Polícia Civil continua investigando o caso.”




