Barco de Bruno Pereira e Dom Phillips é encontrado em rio do Amazonas

Barco de Bruno Pereira e Dom Phillips é encontrado em rio do Amazonas

As polícias Civil e Federal confirmaram que foi encontrada a embarcação usada pelo indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips. Ela foi localizada na noite deste domingo, 19, no Rio do Itacoaí, nas proximidades da comunidade de Cachoeira.

A lancha foi encontrada a cerca de 20 metros de profundidade, emborcada com seis sacos de areia, com objetivo de dificultar a flutuação. A lancha estava a, aproximadamente, 30 metros da margem direita do rio. Além do caso da embarcação, a equipe localizou também um motor Yamaha 40 hp, quatro tambores que pertenciam ao Bruno, dos quais três estavam em terra e um submerso na água do rio.

A embarcação foi encontrada após cinco horas de operação. O local foi indicado por Jeferson da Silva Lima, conhecido como“Pelado da Dinha”, preso no sábado (18). Ele é um dos oito suspeitos de assassinar Bruno e Dom – três deles já foram presos.

Caso Dom Phillips e Bruno Pereira

A motivação para o assassinato indigenista e o jornalista britânico ainda não está definida. No entanto, segundo as investigações, há suspeita de que tenha relação com pesca ilegal e tráfico de drogas na região. Em laudo no sábado, 18, a Polícia Federal confirmou que ambos foram mortos a tiros.

As famílias de Dom e Bruno ainda devem aguardar cerca de uma semana para que os corpos sejam liberados. Isto porque ainda serão feitos exames genéticos, como DNA,  e também antropológicos, para apurar se os dois foram agredidos e feridos antes de sofrerem os tiros.

 

 

 

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Estudante de medicina é morto por PM durante abordagem, em São Paulo

Na madrugada de quarta-feira, 20, um trágico incidente ocorreu na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, quando um estudante de medicina de 22 anos foi morto por um policial militar dentro de um hotel. Marco Aurélio Cardenas Acosta estava hospedado no Hotel Flor da Vila Mariana na Rua Cubatão.

Segundo relatos policiais, tudo começou quando Marco Aurélio, estudante na Universidade Anhembi Morumbi, teria dado um tapa no retrovisor de uma viatura policial e fugido. Os policiais militares Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, que estavam em patrulhamento, perseguiram o jovem até o interior do hotel.

As imagens das câmeras de segurança mostram Marco Aurélio entrando correndo no saguão do hotel sem camisa, sendo perseguido pelos policiais. Um dos agentes tentou puxar o jovem pelo braço, enquanto o outro o chutou. Durante a confusão, Marco Aurélio segurou o pé de um dos PMs, que se desequilibrou e caiu. Nesse momento, o PM Guilherme atirou à queima-roupa na altura do peito do estudante.

Segundo o boletim de ocorrência, os policiais alegaram que Marco Aurélio estava “bastante alterado e agressivo” e que ele tentou pegar a arma de um dos agentes. No entanto, as imagens não mostram claramente essa ação.

Marco Aurélio foi socorrido e encaminhado ao Hospital Ipiranga, onde sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e passou por uma cirurgia. Infelizmente, ele não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 6h40.

O caso foi registrado no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) como morte decorrente de intervenção policial e resistência. Os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados em inquérito e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a arma do policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia. As imagens registradas pelas câmeras corporais dos policiais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo DHPP.

A Associação Atlética Acadêmica de Medicina Anhembi publicou uma nota de luto pelo estudante, destacando sua importância como aluno e amigo. “A Medicina Anhembi manifesta profundo pesar pelo falecimento do nosso querido aluno do internato Marco Aurélio Cardenas Acosta, apelidado como ‘Bilau’. Neste momento de imensa dor, nos solidarizamos com seus familiares, companheiros de time e colegas, que perderam não apenas um companheiro de jornada, mas também um amigo.”

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