Bares e restaurantes criaram mais de 150 mil novos empregos

Empregos

Um levantamento realizado pela Agência de São Paulo, mostra que o setor de Alojamento e Alimentação criou 181 mil novas vagas de empregos em 2022, chegando a 5,34 milhões de trabalhadores. A pesquisa foi realizada com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta terça-feira, 28. Pelo IBGE e organizados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

O maior número para o último trimestre desde 2019, no ano foram registrados 5,75 milhões. Enquanto nos estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar, foram mais de 150 mil oportunidades em 2022.

“O número de contratações pode ser ainda maior, uma vez que esses dados não refletem completamente as movimentações feitas durante a temporada de verão, que é tradicionalmente um período de grande demanda para o setor de bares e restaurantes”, diz Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel em entrevista a redação.

No entanto, Solmucci diz que o setor ainda sofre os efeitos da pandemia, como também, a falta de um programa robusto de recuperação por parte do governo. Porque mais da metade dos estabelecimentos não conseguem trabalhar com o lucro, o que é muito preocupante. Conforme a análise, o salário médio no setor subiu acima da média geral do país, com ganho de 9,6%, passando a ser de R$ 1.820.

Abrasel

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes é uma associação de restaurantes, bares e empresas de entretenimento do Brasil criada em 1986. A entidade atua na organização de padrões de atendimento e desenvolvimento da atividade realizada em bares e restaurantes e na promoção do código de ética por ela desenvolvida.

 

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Câmara aprova taxação de 15% sobre lucro de multinacionais

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 17, o projeto de lei que taxa em pelo menos 15% o lucro de empresas multinacionais instaladas no Brasil. A cobrança ocorrerá por meio de um adicional na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) que garantirá a tributação mínima efetiva de 15%, dentro do acordo global para evitar a erosão tributária estabelecido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Social (OCDE).

De autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), o Projeto de Lei 3817/24 repetiu a Medida Provisória 1262/24, editada no início de outubro. Após a aprovação pelo plenário da Câmara, o texto será enviado ao Senado.

Pelo texto, os lucros das multinacionais serão submetidos a cálculos específicos para saber se a empresa paga pelo menos 15% de tributação. Caso a conta dê deficitária, o adicional da CSLL incidirá sobre o lucro de empresas no Brasil integrantes de grupos multinacionais cuja receita anual consolidada seja superior a 750 milhões de euros (cerca de R$ 4,78 bilhões) em pelo menos dois dos quatro anos fiscais consecutivos anteriores à apuração.

Um dos critérios de adesão à OCDE, grupo que sugere medidas políticas, econômicas e sociais a países, a tributação de multinacionais evita que as empresas façam manobras de evasão fiscal e remetam parte dos lucros a outros países, com alíquotas menores, ou a paraísos fiscais. Desde 2015, o Brasil tenta entrar na OCDE.

O relator do projeto, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), defendeu a prorrogação até 2029 do crédito presumido de 9% sobre lucros no exterior e a consolidação de resultados de empresas subsidiárias no exterior. Segundo ele, a manutenção desses instrumentos evita a perda de competitividade das multinacionais brasileiras e uma possível dupla tributação (pagamento de um mesmo tributo em dois países), garantindo que operem em igualdade com concorrentes estrangeiros.

Segundo o projeto, a cobrança começará no ano fiscal de 2025, e o pagamento deverá ocorrer até o último dia do sétimo mês após o fim do ano fiscal. Como o ano fiscal não coincide necessariamente com o ano civil para todas as empresas e grupos multinacionais, a data se torna variável.

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