Bares e restaurantes lideram contratações e ainda há vagas em aberto

Bares e restaurantes lideram contratações e ainda há vagas em aberto

O garçom Charlie Augusto encontrou o tão sonhado emprego após três anos fazendo “bicos”. Ele foi contratado pelo setor que mais oferece oportunidades para pessoas com e sem experiência e com maior registro de carteiras assinadas em maio deste ano: o de bares e restaurantes. Até o final do ano, a expectativa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) é que Goiás tenha se fortalecido ainda mais nessa retomada econômica e alcance 50 mil empregos no setor de bares e restaurantes. 

A oferta de vagas é listada diariamente por estabelecimentos em busca de funcionários interessados em arregaçar as mangas no atendimento, produção ou manutenção relacionados ao setor de alimentação. É uma tendência nacional reflexo de flexibilizações das medidas sanitárias e retorno da população a esses locais.

“A tendência é que as empresas continuem contratando. Isso abre oportunidade principalmente para jovens inexperientes que estão procurando o primeiro emprego. Aqui no estado de Goiás, um dos grandes gargalos do desemprego é a população jovem que não tem oportunidade do primeiro emprego”, frisa Danillo Ramos, presidente da Abrasel.

O executivo explica ainda que o setor objetiva ir justamente em busca desse trabalhador agora no segundo semestre do ano para oferecer o “primeiro emprego formal com carteira assinada e com treinamento para que se capacite e entre de fato no mercado de trabalho”. 

Os trabalhadores encontrarão oportunidade junto a empresários que apostam no sucesso desse mercado. Juliano Oliveira acreditou no cenário econômico e investiu na culinária japonesa ao lançar o Ryori em outubro do ano passado. O crescimento foi tão grande que ele realizou uma contratação em março e deve realizar mais três em agosto.

“A primeira foi por causa do bom movimento de clientes e as demais porque lançaremos uma novidade que deve aumentar o fluxo de pessoas na casa e também e por eventos como política e copa do mundo”, diz o empresário,  comemorando o faturamento que cresce na razão de 10% ao mês.

Para Charlie, o sucesso dos empreendimentos é sinônimo de esperança. “Estou muito animado. Trabalho em um lugar com um ambiente muito tranquilo. Estou na área há 15 anos e optei por atuar como garçom porque sempre paga um pouco melhor e acredito que há muitas vagas nesta área. Pode ajudar muito porque os bares e restaurantes ficam fechados muito tempo por conta da pandemia e podem receber as pessoas que precisaram mudar de profissão”, acredita.

Historicamente, bares e restaurantes respondem por mais de 90% dos postos de trabalho do segmento de alimentação fora do lar, conforme estimativa da Abrasel. Em Goiás, no mês de maio, o saldo foi positivo com 636 novos postos formais de trabalho criados no setor, considerando 4.297 admissões no período.

“Aqui no estado de Goiás, a recuperação do emprego do nosso setor não foi diferente do Brasil. Mostra, mais uma vez, a força que o nosso setor tem de gerar empregos formais”, acrescenta o presidente da Abrasel Goiás, Danillo Ramos. Os dados são da Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Confira a lista de vagas em aberto para para bares e restaurantes de Goiânia

04 – Churrasqueiros

02 – Caixas

03 – Chefes de bar

05 – Cozinheiros chefe

04 – Açougueiros

02 – Auxiliares de padaria 

07 – Garçons

09 – Auxiliares de cozinha

03- Pizzaiolos

02 – Chapeiros

05 – Barman

01- Confeiteiros

Fonte: Abrasel e Sindibares Goiânia

 

Mais informações: 

Sindibares Goiânia – Whtasapp (62) 99284-4442 ou e-mail: [email protected]

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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