Bares e restaurantes têm expectativas altas para o verão

Bares e restaurantes têm expectativas altas para o verão

O verão chega oficialmente ao Brasil nesta quarta-feira, dia 21 de dezembro e, com ele, a expectativa de receita dos bares e restaurantes cresce. O período de férias e as altas temperaturas contribuem para os clientes consumirem por mais tempo nos estabelecimentos. Em 2023, empreendimentos do setor esperam aumento de até 20% no faturamento em relação ao verão do ano passado, período em que houve o pico da variante Ômicron, resultando na retração do movimento.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) – Seccional Goiás, Danillo Ramos, por janeiro ser um mês de férias e muitas famílias viajarem, os locais turísticos em Goiás recebem mais visitantes. “Muitos saem de Goiânia nesse período, mas cidades como Caldas Novas e Pirenópolis ficam lotadas de visitantes. E isso estimula a visitação em bares e restaurantes nesses municípios”, revela. Além disso, ressalta Danillo, no verão os dias são mais longos, permitindo à população a prática de happy hour em bares e restaurantes.

Avaliação

Para o presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, 2022 foi ótimo para o setor como um todo. “Saindo do período crítico da pandemia, os consumidores voltaram a frequentar os estabelecimentos. Neste ano, tivemos um enorme desafio, que foi a inflação. Os proprietários não conseguiram repassar o aumento de preço dos insumos para o consumidor final, mas o faturamento voltou”, destaca.

“Enfrentamos o desafio de sobreviver. Tivemos um salto positivo, incentivado pela cerveja que subiu menos que a inflação. Além disso, a Copa do Mundo trouxe um movimento ótimo, ainda que o Brasil não tenha chegado até o fim da disputa. O consumidor estava ávido”, completa.

Segundo dados da Abrasel, 18% das empresas operam com prejuízo, enquanto 37% estão em equilíbrio. Entretanto, o setor deve fechar o último trimestre de 2022 com volumes recordes: em relação a 2019, a expectativa é que o faturamento crescerá 8% em termos reais.

Inflação no setor

Os últimos dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), principal medidor da inflação no país, divulgado em novembro deste ano, indicaram que o índice geral no acumulado do ano está em 5,13%, enquanto a inflação da alimentação fora do lar está em 6,93%.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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