Barragem do Descoberto atinge capacidade máxima três meses antes do previsto

Com chuvas, Barragem do Descoberto verte 3 meses antes do previsto

Barragem com capacidade para armazenar 86 milhões de metros cúbicos de água
abastece aproximadamente 50% da população da capital federal

A Barragem do Rio Descoberto, responsável por abastecer quase 50% do Distrito Federal, atingiu sua capacidade máxima neste domingo (24/110), após uma série de chuvas intensas em novembro.

Com 50 anos de história, o reservatório alcançou a cota de 1,03 mil metros. Segundo a Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), a barragem tende a verter apenas em fevereiro ou março.

A previsão é de que o fenômeno continue nos próximos dias, trazendo alívio para quem depende dessa fonte de abastecimento.

O Reservatório do Descoberto atende cidades como Ceilândia, Taguatinga e Samambaia, além de várias outras.

Para o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, o avanço dos investimentos do GDF e da Caesb na infraestrutura de água e esgoto tem sido fundamentais para a qualidade de vida dos cidadãos do DF.

Mais de R$ 1,2 bilhão foram investidos desde 2019, a fim de garantir o fornecimento da melhor água para os quase três milhões de moradores da cidade.

Inaugurada em 1974 e localizada ao longo da BR-070, a Barragem do Descoberto é uma das mais imponentes da região, com 265 metros de crista e um vertedouro de 55 metros de comprimento. O lago que a compõe possui 12,5 km² e pode armazenar até 86 milhões de metros cúbicos de água.

Em 2023, a Caesb realizou melhorias significativas na barragem, com um investimento de R$ 8 milhões em obras de manutenção. Essas intervenções garantem a segurança da estrutura e aumentam sua durabilidade, conforme as exigências da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB).

“Este é um claro reflexo do compromisso da Caesb com o desenvolvimento sustentável e a segurança hídrica da capital federal, em meio a um dos momentos mais importantes da história do reservatório”, completou Reis.

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Universidade de Brasília quer trocar terrenos por prédios na Asa Norte: parceria com BNDES promete impulsionar arrecadação

A Universidade de Brasília (UnB) está planejando trocar lotes vazios por 11 prédios na Asa Norte, como forma de aumentar seu poder de arrecadação. Atualmente, a UnB conta com alugueis para 40% da arrecadação da instituição. Essa troca faz parte de uma parceria entre a universidade e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que envolve a negociação de terrenos vazios na região. O acordo foi firmado em 2023 e está em processo de tramitação interna.

Segundo a ex-reitora Márcia Abrahão, o BNDES já estruturou o projeto e entregou pronto para a UnB, que agora está na fase de licitação. A expectativa é de que a próxima gestão possa licitar os terrenos em breve. A parceria consiste em uma permuta, onde a UnB entrega terrenos vazios na Asa Norte e no Setor Hoteleiro Norte em troca de 11 prédios a serem construídos. Esses prédios serão fonte de renda para a universidade, uma vez que serão alugados como apartamentos residenciais.

De acordo com Abrahão, a UnB tem uma grande quantidade de imóveis no Distrito Federal e a arrecadação com esses aluguéis é fundamental para as finanças da instituição. O estudo feito pelo BNDES e apresentado pela universidade prevê um benefício estimado de R$ 104 milhões com a implementação do projeto. A Universidade de Brasília possui uma carteira de imóveis avaliada em R$ 2,1 bilhões e arrecada cerca de R$ 100 milhões anuais com recursos provenientes dos aluguéis de prédios comerciais e residenciais em Brasília.

A nova gestão da UnB, liderada pela reitora eleita Rozana Naves, ficará responsável por dar continuidade ao projeto. Rozana afirmou que analisará o projeto com atenção e montará um grupo de trabalho para estudar o tema nos primeiros meses de gestão. O BNDES atua como mediador nesse processo, colocando os terrenos para leilão, onde uma construtora compra, constrói e parte da construção é repassada à UnB. No total, a universidade trocará 27 lotes vazios por 11 prédios inteiros para alugar.

Essa iniciativa é semelhante a um projeto realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde concessões foram feitas em troca da construção de novos espaços para os estudantes. Com a implementação desse projeto na UnB, a instituição busca maximizar o aproveitamento de seu patrimônio imobiliário e gerar mais recursos para suas atividades acadêmicas e de pesquisa. A expectativa é de que essa parceria traga benefícios significativos para a universidade e para a comunidade acadêmica como um todo.

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