Barragem do Rio Paranã recebe obras de revitalização e modernização

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), está acompanhando o trabalho de revitalização da Barragem do Rio Paranã, na divisa dos municípios de Flores de Goiás, São João D’Aliança e Formosa, no Nordeste do Estado. Parte das obras foi concluída em dezembro de 2022 e novos serviços estão previstos para 2023. O investimento total é de cerca de R$ 8 milhões, custeados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Entre os serviços já realizados estão: remoção de vegetação que cresceu ao longo da barragem; recomposição com solo e cimento; instalação de bidim (geotêxtil) e implantação de revestimento de concreto para solucionar problemas causados pela erosão. Para 2023 estão previstas a execução do restante do talude de montante e a recuperação do talude de jusante, bem como a instalação de válvula difusora na descarga de fundo para melhor gerenciamento da vazão regularizada e ampliação da área irrigada no Vão do Paranã.

O superintendente de Engenharia Agrícola e Desenvolvimento Social da Seapa, José Ricardo Caixeta Ramos, lembra que a Barragem Paranã é uma das duas estruturas já construídas no Nordeste goiano dentro do plano de estímulo à perenização de cursos d’água e ao desenvolvimento econômico na região. A outra é a Barragem do Córrego Porteira. Ambas integram o Projeto Flores de Goiás.

“Estas duas estruturas possibilitaram a ampliação da oferta de água, beneficiando principalmente a produção de arroz e a criação de gado. Estamos preparando agora a implantação de um polo de fruticultura”, explica ele.

O gerente de Agricultura Irrigada da Seapa, Vitor Hugo Antunes, é o gestor técnico da barragem e faz parte da equipe de fiscalização das obras no Paranã. Segundo ele, as mudanças ampliam a segurança e modernizam a estrutura da barragem. “Essa reforma é de grande importância pelo aspecto ambiental. Com essas intervenções, a Codevasf auxilia o Governo de Goiás, empreendedor da obra, por meio da Seapa, no atendimento à Lei 12.334/2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens destinadas à acumulação de água para quaisquer usos”, ressalta.

Saiba mais

A Barragem do Rio Paranã possui 1,6 mil metros de extensão de aterro e capacidade de armazenamento de 195 milhões de metros cúbicos de água. A barragem foi construída há 22 anos e o processo de revitalização e modernização da estrutura estava parado até ser retomado em 2020 pelo Governo de Goiás. O Projeto Flores de Goiás cobre uma área de 13 mil hectares e responde por mais de 80% da produção goiana de arroz.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp