Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar tem novo comandante

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar tem novo comandante a partir desta terça-feira,16. A solenidade de passagem do cargo foi realizada na sede da corporação, no Setor Marista, em Goiânia, e contou com a presença da presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado. O tenente-coronel Kássio Michel Pires de Sena assume o posto no lugar do tenente-coronel Wendel de Jesus Costa.

 

Gracinha, que representou o Governo de Goiás durante o evento, desejou sucesso ao novo comandante e ressaltou a importância do Bope para a população goiana. “A queda nos índices de criminalidade é a prova do preparo e da determinação da nossa polícia. Um Estado só vai bem quando as pessoas estão bem. E elas só estão bem quando podem viver livremente em segurança. A segurança hoje está presente preservando vidas e garantindo a paz das famílias goianas”, afirmou.

 

Em seu discurso, o tenente-coronel Kássio Michel agradeceu pela oportunidade de liderar a corporação, com o apoio da estrutura do Governo de Goiás. “O apoio é incondicional, proporcionado muitos recursos e condições, principalmente agora com modernização da instituição. Temos novos equipamentos para quando estivermos atuando. Só tenho a agradecer o momento atual, com grandes oportunidades na instituição”, salientou.

Currículo

 

Kássio Michel Pires de Sena está na PM desde 2003. Formado em Direito e com pós-graduação em Direito Militar, tem em seu currículo o comando do 21° Batalhão da Polícia Militar (21° BPM), na região do Entorno do Distrito Federal (DF), entre agosto de 2021 e agosto de 2022. Chefiou ainda a Assistência de Gestão Estratégica da PM a Agência Regional de Inteligência do 1° Comando Regional (1° CRPM), em Goiânia, e o Comando de Missões Especiais (CME).

 

Também fazem parte da experiência profissional do novo comandante o gerenciamento das operações de inteligência da PMGO, entre 2012 e 2016. Sena foi oficial do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) e chefe da Subseção de Investigação Criminal, bem como da Subseção de Operações da PM2 e atuou como instrutor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP), da Academia de Polícia Militar e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

 

Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar tem novo comandante (Foto: Wesley Costa)

 

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Restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos faz descoberta de cemitério de africanos escravizados

A restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Jaraguá, culminou em uma importante descoberta arqueológica: um cemitério com mais de 200 anos. Durante as escavações para a implantação de um sistema de drenagem, os arqueólogos encontraram ossadas que, segundo especialistas, são possivelmente de africanos escravizados e negros libertos.

A obra, iniciada em abril deste ano, é realizada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com um investimento de R$ 3,5 milhões. A conclusão está prevista para 2025. A descoberta das ossadas aconteceu em novembro, quando 35 ossadas foram exumadas sob o calçamento externo, e centenas de outros túmulos foram identificados.

Importância Histórica e Cultural

“É uma descoberta importantíssima para a história de Jaraguá e do estado de Goiás, pois nos permite resgatar a memória histórica de um período significativo para a formação cultural”, ressalta a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes. Este achado reforça a importância da preservação do patrimônio material e imaterial, conectando-nos com as raízes de nossa história.

Além das ossadas, os trabalhos também revelaram, com a remoção do piso de madeira, 56 campas funerárias numeradas dentro da igreja. Segundo os arqueólogos, há cerca de 150 sepultamentos nas laterais, no fundo e no pátio frontal da igreja. “Tem um sepultamento atravessado embaixo da escada da igreja, então quer dizer que aquela escada não é tão antiga, não é a original da construção. Em alguns locais a gente encontrou sobreposição de esqueleto, ou seja, existia o uso contínuo dessas covas”, conta o arqueólogo Wagner Magalhães.

A equipe agora enfrenta o desafio de extrair o máximo de informações possíveis sobre os esqueletos, que estão em péssimas condições de preservação devido ao solo úmido do local. As ossadas retiradas serão estudadas em laboratório para obter informações sobre sexo e faixa etária. Posteriormente, será feito um levantamento histórico com base nos registros de batismo e morte.

“Foi um trabalho surpreendente não só porque é inédito, mas é uma coisa que está mexendo com a memória. Quem eram essas pessoas? Apesar de não ter a história completa, a gente tem uma ideia do que aconteceu ali”, ressalta a arqueóloga Elaine Alencastro.

Educação patrimonial

Após o trabalho de curadoria da equipe arqueológica, a Secult, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Goiás, vai oferecer uma ação de educação patrimonial na igreja. “Todas as nossas obras já possuem tapumes educativos que contam a história do edifício, mas, com essa descoberta, vamos montar uma estrutura na igreja para que todos possam conhecer mais sobre essa história que ficou escondida durante tantos anos”, adianta a superintendente de Patrimônio Histórico e Artístico da Secult, Bruna Arruda.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi construída em 1776 pela irmandade de negros de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Nessa época, era comum a construção de igrejas específicas para a população negra. “Essa igreja foi dedicada aos pretos e foi construída por eles, e a população africana teve um papel importantíssimo até para a formação da cidade de Jaraguá. Então o que a gente tem aqui é um pouquinho da nossa história e traz também um pouco da história do início das minas de ouro, desses povos que trabalharam lá”, explica Wagner Magalhães.

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