O documentário “Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça”, que chega ao streaming nesta terça-feira (1º), traz à tona uma das maiores tragédias marítimas do Brasil. Com depoimentos e recriações de cenas, a obra revisita o caso que envolveu o Bateau Mouche IV e resultou na morte de 55 pessoas em um evento de Réveillon na virada de 1988 para 1989.
Este episódio se tornou um símbolo da impunidade no país, uma vez que décadas após o ocorrido nenhum dos responsáveis havia sido preso e apenas uma família recebeu indenização. A diretora e produtora do documentário, Tatiana Issa, destaca a importância de trazer à tona essas histórias para que a sociedade possa debater questões profundas como ganância, corrupção, morosidade da justiça e a não penalização dos culpados.
Para Issa, o caso retratado no documentário é como um reflexo do Brasil atual, repleto de situações semelhantes. Ela acredita que a série terá um impacto significativo naqueles que desconhecem a tragédia, além de levantar discussões importantes. Com mais de 30 entrevistas exclusivas e imagens de arquivo, a produção busca resgatar o impacto do naufrágio e as histórias por trás dessa terrível tragédia.
Durante as filmagens, a equipe enfrentou momentos difíceis ao ouvir relatos devastadores e tristes de sobreviventes e familiares das vítimas. A diretora ainda ressalta a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a emoção e a importância da história, sem cair na espetacularização ou no sensacionalismo. O objetivo era trazer um resultado respeitoso e fiel aos fatos.
O trailer oficial do documentário já está disponível, mostrando um pouco do que os espectadores podem esperar desta série que promete mexer com as emoções e trazer à tona questões importantes da justiça e da impunidade no Brasil. A equipe por trás de “Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça” espera que a produção provoque reflexões e gere debates necessários sobre os acontecimentos e suas consequências.
Com uma abordagem sensível e cuidadosa, os diretores Tatiana Issa e Guto Barra se dedicaram a contar essa história de forma honesta e respeitosa, sem transformar a tragédia em um espetáculo. O resultado final, segundo eles, conseguiu transmitir toda a emoção e a importância do caso sem exageros ou apelos desnecessários. É um convite para entender e refletir sobre um dos momentos mais marcantes da história recente do Brasil.