Beatriz Reis fala sobre retorno ao BBB e desfile no Prêmio Multishow

Beatriz Reis abre o jogo sobre retorno ao BBB: “Estou do outro lado”
A influenciadora Beatriz Reis, que ficou famosa após sua participação no BBB24,
foi uma das convidadas do Prêmio Miltishow

A influenciadora Beatriz Reis, que ficou famosa por conta da sua participação no
BBB24, é uma das celebridades a desfilar no Prêmio Multishow, que acontece na noite desta
terça-feira (3/12). No evento, a ex-BBB falou do seu retorno ao reality show da
Globo, dessa vez como repórter ao longo da edição, ao lado de Thiago Oliveira.

“Mudou tudo, agora é como se eu tivesse vendo uma vitrine”, afirmou a
influenciadora. “Tô em outra dimensão’, tô voltando pra um lugar onde a minha
vida mudou da água pro vinho, onde coisas grandes aconteceram na minha vida, só
que em outra posição”, reforçou Beatriz Reis, a “Bia do Brás”.

A famosa reforçou que vai entender o sentimento dos próximos confinados. “São
outras pessoas realizando seu sonho. Quando os participantes brigarem, fizeram
amizades, criarem desavenças, eu vou saber o que cada um tá sentindo. Agora,
estou do outro lado. É surreal”, analisou.

A ex-BBB apostou num look ousado para sua participação no Prêmio Multishow. A
peça semitransparente da marca italiana Diesel é vendida por cerca de R$ 11 mil
e já foi usado por Kim Kardashian.

“Gosto de chegar com look diferente, que ninguém vai ter. Foi um vestido que a
Kim Kardashin também já usou num aniversário dela, achei a minha cara. Era algo
distante da minha realidade”, apontou Beatriz Reis.

Aos repórteres presentes, Beatriz Reis revelou a peça mais inusitada que comprou
após sua passagem pelo BBB24. “Esses dias eu vi um sapato da Gucci e foi algo
que eu nunca imaginei ter. Meu irmão tava na França e falei ‘compra aí e traz
pra mim’, e ele trouxe. E é uma coisa do nada, eu ver um a coisa cara e poder
comprar. Acho que a coisa do ‘poxa, olha onde eu cheguei’, me ver podendo
comprar um sapato de R$ 5 mil reais, é surreal”.

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Saidinha de Natal: mais de 2 mil presos não retornam às cadeias em benefício temporário

Saidinha de Natal: mais de 2 mil presos não voltaram para DE cadeias

Quatorze estados e o Distrito Federal concederam benefício da saidinha de Natal a 48,2 mil pessoas. Cerca de 4,3% não retornaram

Mais de dois mil presos que tiveram direito à saidinha de Natal, entre o fim de 2024 e o início de 2025, não retornaram aos presídios brasileiros, revela levantamento da coluna.

No total, 48.179 presos de 14 estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Pará, Amapá, Roraima, Sergipe, Ceará, Paraíba e Piauí) e do Distrito Federal tiveram direito ao benefício. Desses, 2.084 não retornaram, o equivalente a 4,3%.

Proporcionalmente, o Rio de Janeiro foi o estado que registrou a maior taxa de detentos que não retornaram. Dos 1.494 beneficiados, 260 (cerca de 14%) estão foragidos. Já em números absolutos, São Paulo lidera o ranking, com 1.334 “fujões”.

Seis estados (Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco e Tocantins) informaram que não concederam a saída temporária. Outros cinco (Alagoas, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Norte e Rondônia) não responderam e Minas Gerais informou não ter compilado os dados ainda. A coluna procurou todas as unidades federativas há uma semana.

A saidinha é concedida apenas a detentos que estejam no regime semiaberto (ou seja, que trabalham de dia e dormem na cadeia), que possuam bom comportamento e que tenham cumprido parte da pena (1/6 para réus que estão cumprindo a primeira condenação, e 1/4 para reincidentes). Também não podem ter praticado faltas graves no último ano. A decisão é tomada pela Justiça, e o direito está previsto na Lei de Execuções Penais.

Quando o preso não retorna à unidade prisional, após a saída temporária, ele é considerado foragido. Em regra, o detento perde o benefício do regime semiaberto. Sendo recapturado, portanto, volta ao regime fechado. Essa mudança de regime é determinada pela Justiça.

O QUE DIZEM ESPECIALISTAS SOBRE A SAIDINHA DE NATAL

A advogada Sofia Fromer, coordenadora do Justa, centro de pesquisa sobre políticas judiciais, avalia que a taxa de 4,3% de não retorno segue o nível de anos anteriores, considerada por ela como “baixa”, e destaca que o Estado precisa pensar em caminhos de ressocialização.

“Prisão não é para sempre”, afirma, em conversa com a coluna. “Então, é importante que nesse momento essa pessoa tenha contato com a família dela, com a cidade, com outros ambientes que não a prisão”, acrescenta Fromer.

A especialista ressalta ainda que o país precisa inverter o funil de investimento em políticas de execução penal. “Gastamos muito para prender e para manter as pessoas presas, e pouco para pensar em políticas para essas pessoas que saem do sistema prisional. E entra justamente nesse eixo as saídas temporárias, de pensar em como essas pessoas podem se reestruturarem e criarem novos caminhos depois da prisão”, afirma.

Para o presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), órgão consultivo e regulador do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Douglas de Melo Martins, é fundamental que os Estados preparem e orientem os presos sobre as consequências do não retorno.

“Ao invés de restringirmos a saída, temos que preparar melhor as pessoas para a saída. Isso é algo importante”, endossa. “Via de regra, o preso não tem um nível cultural ou de formação elevado. Não pode acontecer de a pessoa receber o alvará e ir embora”, explica.

Martins também falou sobre a importância de combater o crime organizado e facções dentro dos presídios, uma vez que detentos não voltam ao sistema prisional devido a ameaças, segundo ele.

Procurada para comentar o levantamento da coluna, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do MJSP, não se manifestou.

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