Bebê morre após mãe passar 30 horas em trabalho de parto, em Brasília

Bebê morre após mãe passar 30 horas em trabalho de parto, em Brasília

Após 30 horas de trabalho de parto, a bebê que a grávida Bruna dos Santos Martins, de 31 anos esperava morreu no Hospital Regional de Samambaia, em Brasília. A gestante deu entrada na unidade na manhã de sábado, 20, após sentir contrações. Apesar dos sinais iniciais indicarem normalidade dos batimentos cardíacos da bebê, a dilatação não progrediu, e o casal foi orientado a retornar para casa. No entanto, eles voltaram ao hospital algumas horas depois, sendo novamente enviados para casa com pouca dilatação.

A situação se agravou quando Bruna foi internada na madrugada de domingo, 21, com apenas 4 centímetros de dilatação. Apesar dos sinais de sofrimento fetal, a equipe médica continuou com o processo de parto normal, mesmo quando Bruna começou a sentir dores intensas e demonstrar fraqueza. 

Por volta das 17h40 de domingo, a dilatação finalmente atingiu 10 centímetros, mas os médicos só então consideraram uma cesárea devido à posição inadequada do bebê.

No entanto, mesmo com a decisão tardia, a cesárea foi realizada às pressas, e a bebê, Manuele, foi retirada da barriga da mãe em estado crítico. Os médicos tentaram reanimá-la, mas não teve sucesso. A família foi informada de que se tratava de uma fatalidade, e a mãe só soube da morte da filha ao voltar para o quarto e perguntar por ela.

Negligência 

A família acusa os médicos de erro e negligência, afirmando que a cesárea deveria ter sido realizada antes, e que houve falta de equipamentos para monitorar os batimentos cardíacos do bebê durante o parto. 

Eles alegam ainda que a equipe médica não tratou Bruna como ser humano, mas sim como mais um procedimento. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil (PCDF).

Foi negligência. Os médicos não tratam as pessoas como seres humanos. Tratam como serviços. Não tem humanidade com as grávidas. Minha mulher sofreu, chorou”, lamentou Felipe, pai de Manuele e esposo de Bruna. “A gente paga impostos. Precisamos de mais qualidade na Saúde. Não mais viadutos e pistas de concreto. Queremos serviço de qualidade para os hospitais”, arrematou.

Investigação

As autoridades de saúde estão investigando o caso, e a Secretaria de Saúde afirmou que uma Comissão de Avaliação de Óbitos Fetais está revisando a situação. O caso levanta questões sobre a qualidade dos serviços de saúde e a necessidade de melhorias nos hospitais públicos. Enquanto isso, a família enfrenta a dor da perda de sua primeira filha, Manuele.

Assista ao vídeo do relato da mãe:

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CNJ investiga juízes que jantaram com empresário Luciano Hang

CNJ Investigação: Juízes e Luciano Hang - Conflito de Interesses em Foco

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou uma investigação preliminar envolvendo juízes de Santa Catarina que participaram de um jantar com o empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan. O jantar aconteceu em 16 de dezembro em Brusque, no interior de Santa Catarina, na inauguração da Casa Renaux.

A investigação, coordenada por Mauro Marques, surgiu devido a preocupações sobre potenciais conflitos de interesses, especialmente considerando que alguns desses juízes, como Saul Steil e Jairo Fernandes Gonçalves, são relatores de processos em que Luciano Hang é parte ou estão envolvidos em colegiados que julgarão ações relacionadas ao empresário.

Além disso, também estava presente a desembargadora Haidée Grin, que foi relatora de um recurso interposto por um professor que já foi condenado a pagar R$ 20 mil ao empresário.

Em nota, o Tribunal de Santa Cantarina informou que “o princípio da independência funcional garante aos magistrados a autonomia e a imparcialidade necessárias ao exercício de suas funções”.

Interesses

Luciano Hang é alvo de vários processos judiciais, e a participação de desembargadores em um jantar promovido por ele levantou questionamentos sobre a imparcialidade e a ética dos magistrados. Quatro dos desembargadores presentes no jantar são responsáveis por relatar processos ou integrar colegiados que irão julgar ações envolvendo o empresário.

A investigação do CNJ visa esclarecer se houve qualquer violação de normas éticas ou de conduta pelos juízes envolvidos. A entidade está atenta para garantir a transparência e a integridade do sistema judiciário, especialmente em casos onde a imparcialidade dos juízes pode ser questionada.

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