Bebê morre após ser atingido por celular que pai jogou em mulher, em Valparaíso de Goiás

Bebê morre após ser atingido por celular que pai jogou em mulher, em Valparaíso de Goiás

Um bebê de dois meses morreu após ser atingido por um celular jogado pelo pai em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a denúncia, o homem teria atingido o menino na tentativa de atingir a esposa. 

Ao G1, a delegada responsável pelo caso, Samya Nogueira Barros, disse que pediu, nesta segunda-feira, 3, pela perícia no corpo da criança. Há suspeita de que as lesões são incompatíveis com lesões culposas, quando não há intenção de machucar. 

O pai não foi preso e prestou depoimento à Polícia Civil espontaneamente. De acordo com a delegada, o homem prestou socorro levando o bebê para o hospital. 

“Ele pode ser indiciado por lesão corporal seguida de morte, como ele prestou socorro levando o menino para o hospital, a intenção pode ter sido lesionar e não matar”, esclareceu Samya Barros.

Criança é atingida por celular durante briga entre os pais

Para a polícia, a mãe contou que a discussão aconteceu na casa do casal, na última quinta-feira, 29. Ela decidiu ir dormir para encerrar o bate-boca e o pai ficou com a criança no colo. 

Nervoso, ele colocou o menino no bebê conforto e, depois, ao lado da mãe que estava deitada na cama. O homem pegou o celular da esposa e leu mensagens que não teria gostado. 

Na tentativa de quebrar o aparelho, ele jogou em direção à mulher, mas acabou atingindo o filho. A criança foi levada ao hospital onde ficou internado até o último sábado, 1º,  mas acabou morrendo em razão dos ferimentos na cabeça. 

A delegada ressaltou que o relacionamento do casal estava conturbado já havia algumas semanas. A mulher, inclusive, teria desenvolvido depressão e contou que evita discutir com o marido. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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