Uma criança de um ano teve dois dedos decepados em uma creche após um extintor de incêndio cair sobre um dos pés. O equipamento de segurança pode pesar até 20 quilos, dependendo do modelo. A criança foi encaminhada para um hospital e duas professoras levaram os membros até o local em um saco plástico com gelo. O caso foi em Santos, no interior de São Paulo, e está sendo investigado pela polícia. 

De acordo com a mãe do garoto, o bebê passou por uma cirurgia e precisou ficar hospitalizado. Ela disse que o dedo do meio dos pé esquerdo também foi prejudicado. A mulher explicou ao G1 que dois extintores ficavam próximos ao tatame onde as crianças brincavam no berçário da creche. A direção da creche teria alegado ao médico que a criança engatinhava no momento do acidente. O pai afirmou que exigirá o pagamento de indenização por parte da instituição.

“Sou leigo [no assunto], mas em uma sala de aula que só tem bebês era ponto [poderia] ocorrer um homicídio ali. Se o próprio Corpo de Bombeiros tinha dado um lado que o extintor tinha que ficar ali, hoje todas as salas [estão] sem nenhum extintor mais. Ou ela [dona da creche] tirou por conta própria ou foi orientada. Precisou acontecer isso com meu filho para que fossem retirados”, reclamou o pai do bebê,  Kleber Santos.

A mãe destaca que o médico responsável pelo tratamento da criança ressaltou a possibilidade de infecção, necrose e uma limpeza cirúrgica na região submetida à operação. “Graças a Deus meu filho está vivo. O ortopedista falou que, se fosse na cabeça, estaria morto porque teria esmagado a cabeça dele”, relatou na entrevista.

Em nota de esclarecimento, o Instituto Professora Edna Souza, responsável pelo Núcleo de Recreação Infantil e Creche Tia Edna, informou ter atualizados os laudos Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).”Sentimentos muito a dor da criança e de seus familiares. Justamente um equipamento de segurança, inserido na escola para resguardar vidas, nos pregou a triste peça. Somos uma entidade assistencial que visa cuidar, amar e educar crianças de 1 ano aos 4 anos e 11 meses”, divulgaram.