Bebê que teve 72% do corpo queimado após crise alérgica é extubado

A bebê de um ano, que teve 72% do corpo queimado após ter uma reação alérgica de um anticonvulsivo, foi extubada segunda-feira (04). A pequena Helena está há um mês internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Queimaduras de Goiânia e ficou 19 dias entubada.

Segundo informações do Hospital, Helena ainda está com a pele muito fina e sentindo muitas dores. “Ela esta indo bem, claro que a gente espera que seja mais rápida a melhora, mas sabemos que é um processo demorado. Ela vai ter de usar máscara no rosto e uma roupa especial durante algum tempo para proteger o corpo da luz do sol e outras radiações”, explicou o médico responsável.

Antiepilético causou queimaduras 

Tudo teve início quando Helena apresentou espasmos, em agosto. Após exames, o médico receitou o antiepilético Lamotrigina. A dosagem inicial era baixa e foi aumentando aos poucos. Helena apresentou quadro febril persistente.

No início de setembro, várias bolhas surgiram na pele de Helena. O médico que a acompanhava, no entanto, afirmou se tratar de um processo natural. Após piora nas lesões, os pais de Helena a levaram para o Hospital de Queimaduras de Anápolis.

A menina precisou passar por várias raspagens na pele e procedimentos de hidratação. Segundo os médicos, é provável que a pele dela fique com marcas para o resto da vida.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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