Bebê sequestrada por falsa médica em Uberlândia é encontrada em Goiás

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) localizou a bebê sequestrada no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) em uma clínica médica em Itumbiara, no interior de Goiás, há cerca de 134km da cidade onde o crime ocorreu.

A informação foi divulgada pela delegada Lia Valechi, delegada responsável pelo caso. “A autora é médica. A criança foi localizada na clínica dela em Itumbiara. Trabalho conjunto da PCMG e PCGO”, detalhou a policial.

A suspeita foi presa na clínica médica e o pai da criança acionada para resgatá-la em Itumbiara.

Sequestro

O crime ocorreu nesta terça-feira, 23, no Hospital da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Segundo apurado, a mulher se passou por médica e entrou no local portando crachá, vertida como uma profissional de saúde.

Se apresentando como funcionária do hospital, a mulher conseguiu acessar a ala da maternidade e pegou a recém-nascida dos pais, alegando que a levaria para se alimentar. Em seguida, às 23h50, imagens de segurança registraram a sequestradora saindo do hospital com uma mochila nas costas.

No sequestro, a mãe da criança informou que a criança possui procedimentos cardíacos e precisa de cuidados especiais.

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Mãe de ‘bebê de incesto’ tem prisão domiciliar para cuidar de filha autista

Mãe de ‘bebê de incesto’ levada morta a hospital tem prisão convertida em domiciliar

Justiça considerou que ela precisa estar em casa para cuidar da outra filha, que tem 5 anos e é uma pessoa com autismo. Pai dela morreu após trocar tiros com a polícia.

1 de 2 Mulher deu entrada em hospital acompanhada do pai e da filha mais velha, em Campinorte, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Mulher deu entrada em hospital acompanhada do pai e da filha mais velha, em Campinorte, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

A jovem de 20 anos que é investigada por matar a filha de dois meses, em Campinorte, teve a prisão preventiva convertida em domiciliar pela Justiça. O caso é apurado pela Polícia Civil e, segundo as investigações, a bebê que morreu e a irmã mais velha, de 5 anos, são fruto de uma relação incestuosa entre a mãe e o avô materno. O homem morreu após trocar tiros com a polícia.

Na decisão de sábado (30), o juiz Breno Gustavo Gonçalves considerou que a jovem não tem antecedentes criminais, demonstrou bastante sofrimento com a morte da filja bebê e, principalmente, é responsável pela outra filha, que tem 5 anos e é uma pessoa com autismo. Fora isso, destacou que as investigações ainda não demonstraram que a mulher agia de maneira agressiva com as filhas.

“Embora se trate de crime gravíssimo praticado contra outra filha da custodiada, verifico que a autuada é tecnicamente primária e não possui antecedentes criminais; não há nos autos qualquer indicativo de maus-tratos ou violência contra a filha autista; o crime em apuração, conquanto de extrema gravidade, apresenta-se como fato isolado em sua vida pregressa; a manutenção da prisão em estabelecimento penal privaria a outra criança dos cuidados imprescindíveis de sua única cuidadora, podendo agravar sua condição de vulnerabilidade”, considerou o juiz na decisão.

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Depois que o crime aconteceu, a polícia informou que a menina foi levada para um abrigo. O DE entrou em contato com o Conselho Tutelar de Campinorte, por e-mail e mensagem enviados às 16h22 de segunda-feira (2), para entender se a menina já foi liberada para voltar aos cuidados da mãe. Mas não houve retorno até a última atualização da reportagem.

O DE não conseguiu contato com a defesa da mulher até a última edição da matéria. Segundo o delegado Peterson Amin, a princípio, as relações sexuais dela com o pai eram consensuais, mas não se sabe desde quando elas aconteciam. Como a mulher tem 20 anos e a filha mais velha dela tem 5, é provável que ela tenha sido vítima de estupro de vulnerável.

O delegado também informou que tenta descobrir como as agressões aconteceram a ponto de matar a bebê. Testemunhas ouvidas relataram que a vida da família parecia normal, e que nunca presenciaram agressões contra as duas crianças antes.

Condições da Prisão

As condições para que a jovem permaneça em prisão domiciliar são:
* Recolhimento domiciliar integral em tempo integral, estando terminantemente proibida de se ausentar da sua residência sem prévia autorização judicial;
* Na hipótese de necessidade de saída para consultas médicas, terapias ou outras situações emergenciais relacionadas à filha autista, deverá previamente solicitar autorização junto ao fórum, comprovando documentalmente a necessidade;
* Comparecimento a todos os atos processuais quando intimada;
* Proibição de mudança de endereço sem prévia comunicação ao juízo;
* Compromisso de manter seu endereço e telefone atualizados nos autos.

Se descumpridas, a investigada deve voltar a ser presa preventivamente.

Entenda o Caso

De acordo com a polícia, a mulher deu entrada em um hospital de Campinorte com a filha de dois meses já sem vida, na madrugada de sexta-feira (29). Ela explicou que a menina tinha engasgado, mas durante exames os médicos identificaram vários hematomas pelo corpo da bebê. Desconfiados, eles chamaram a polícia.

Uma perícia de corpo de delito foi realizada e concluiu que a bebê morreu por politraumatismo, em uma ação “externa e contundente”, ou seja, causada por alguém que lhe deu pancadas, golpes ou outro tipo de impacto físico.

A mulher foi conduzida para a delegacia e, durante depoimento, afirmou à polícia que morava sozinha e acordou com sua filha morta, a levando ao hospital imediatamente. Mas quando a polícia verificou as imagens de câmeras de seguranças do hospital, viu que ela chegou na unidade acompanhada de um homem e de sua filha mais velha. Para a polícia, isso indica que ela não agiu sozinha.

A prisão da mulher aconteceu na tarde de sexta-feira (29). Segundo o delegado, ela foi autuada por crime de feminicídio contra a filha.

Incesto

Segundo a polícia, ao ser questionada sobre o homem, a mulher mentiu dizendo que ele era primo dela. Mas após investigações, a polícia descobriu que, na realidade, o homem era pai dela e os dois moravam juntos.

> “Durante as oitivas nós identificamos que esse homem na verdade, era pai da mulher. E, posteriormente, nós descobrimos que além de ser pai, eles mantinham um relacionamento amoroso, o que indicava que essa bebê que foi morta seria filha do casal”, detalhou o delegado.

A Polícia, então, passou a ouvir outras testemunhas do caso e foi informada de que a mulher e o pai mantinham um relacionamento incestuoso. As investigações também concluíram que a bebê que morreu, e outra filha da mulher, são filhas do avô.

O homem não teve o nome registrado nas certidões das filhas.

Confronto

2 de 2 Homem suspeito de ajudar a matar bebê de dois meses morreu em confronto com a polícia, em Campinorte, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Homem suspeito de ajudar a matar bebê de dois meses morreu em confronto com a polícia, em Campinorte, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

A polícia relata ter iniciado buscas pelo homem após a morte da bebê. Ele foi encontrado escondido em uma chácara na zona rural de Campinorte, portando uma arma calibre .22.

Os policiais afirmam que, ao tentar abordar o homem, ele reagiu atirando. Com isso, a equipe atirou de volta e atingiu o suspeito. Ele não resistiu e morreu.

Segundo o delegado, existia uma mandado de prisão em aberto contra o homem por um crime de feminicídio praticado na Bahia. A vítima seria a ex-esposa dele.

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