Bebês são trocados em maternidade de Aparecida de Goiânia; famílias realizam teste de DNA

O Hospital São Silvestre, em Aparecida de Goiânia, identificou a troca de dois bebês no berçário da unidade. A troca foi confirmada através de um exame de DNA realizado com as duas famílias envolvidas no caso.

À TV Globo, Luciana de Castro Azevedo, advogada do hospital, contou que os pais das crianças foram comunicados sobre os resultados do DNA, que confirma a troca. Entretanto, as famílias vêm resistindo à possibilidade de destrocar as crianças, com a devolução de cada uma delas aos seus pais biológicos.

“As famílias não aceitaram. Se precisar trocar as crianças, se precisar fazer novos exames, as famílias foram bem reticentes”, disse Luciana de Castro Azevedo à Globo.

Um boletim de ocorrência foi registrado pela representante jurídica do São Silvestre para informar sobre o resultado do primeiro exame de DNA e também para relatar a posição em que os pais se encontram no episódio.

“Vamos pedir novos exames de DNA para confirmar que houve a troca. E tudo será encaminhado ao Judiciário para que se tenha a punição criminal”, disse a delegada Bruna Coelho, responsável pela investigação que pretende detalhar como a troca se concretizou dentro do berçário.

As crianças nasceram no dia 29 de dezembro de 2021, há quase um mês.

Mãe de uma das crianças, Juciara Maria da Silva, de 28 anos, falou sobre a possibilidade de ser obrigada a devolver a criança que, atualmente, trata como filho.

“Vai ser um mês e quantos dias para devolver uma criança que eu cuidei, que amamentei, levei para casa, que meus filhos, minhas irmãs já se apaixonaram. Como que a gente fica nessa história? Dói”, disse.

Investigação

Segundo relato de uma das mães, logo após o parto, ela chegou ao quarto e o filho recém-nascido já estava à sua espera. No entanto, instantes depois, enfermeiros e funcionários do hospital entraram no quarto e começaram a questionar sobre as características físicas do pai, já suspeitando da suposta troca.

O exame de DNA ficou pronto na segunda (24). As famílias foram chamadas até o hospital para receberem as informações sobre os resultados. Entretanto, alegam que não receberam os exames.

O Hospital São Silvestre confirma que o resultado foi informado que, em razão da emoção das famílias e de toda a situação vivenciada, elas não ficaram com nenhum documento.

Exames

A advogada Luciana de Castro Azevedo, explicou que exames de DNA foram feitos separadamente com cada uma das mães, comparando as amostras de sangue delas com as dos bebês. Em um dos exames, o resultado deu negativo, indicado que o filho não era de uma das mulheres, e no outros, o resultado foi inconclusivo.

Um novo exame foi realizado pela família neste sábado (29), para servirem como contraprova. Os testes foram feitos após um acordo entre as famílias em uma reunião na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O resultado deve sair em 10 dias.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Procurador da República abre inquérito para investigar ação da PRF

O procurador da República no Rio de Janeiro, Eduardo Santos de Oliveira Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os motivos que levaram três policiais rodoviários federais a atirarem diversas vezes contra um carro com cinco pessoas da mesma família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), na véspera de Natal. Um dos tiros atingiu a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, na cabeça. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, sofreu um ferimento na mão.

Na medida, o procurador determina que a Polícia Federal fique à frente das investigações e que a Polícia Rodoviária Federal forneça a identificação dos agentes envolvidos no caso e a identificação dos autores dos disparos contra o carro da família.

Benones determinou ainda o afastamento imediato das funções de policiamento dos agentes envolvidos, além do recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance em poder dos agentes rodoviários, independente de terem sido usadas ou não para a realização de perícia técnica. Ele também quer saber se a PRF prestou assistência às vítimas e seus familiares e qual é o tipo de assistência.

O procurador da República Eduardo Benones determinou ainda que a Polícia do MPF faça diligências no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, e a identidade da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento da paciente.

Benones também expediu ofício à Concessionária Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) requisitando as imagens da noite do dia 24, entre 20h e 22h.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp