Diário de um detento: Beira-Mar, do CV, entre a gengivite e ansiedade
De acordo com relatório médico o qual a coluna teve acesso, Beira-Mar sofre com
episódios de ansiedade, impulsividade e frustrações
Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar (foto em destaque), um dos
criminosos mais notórios do Brasil, retornou recentemente à Penitenciária
Federal de Catanduvas, no Paraná. A unidade de Catanduvas, pioneira no modelo de segurança máxima do país, conta com um sistema rigoroso de segurança. Em sua cela individual, ele
tem acesso a um colchão, mesa de estudos, banheiro privativo e jogos de cama
completos. O banho de sol é monitorado por câmeras e agentes penitenciários. O contato com
o mundo externo se limita a visitas em parlatório, além de atendimento por
assistentes sociais e advogados.
Seu pedido de atendimento odontológico particular chegou a ser negado em 2020,
durante a pandemia de Covid-19, quando atendimentos eletivos foram suspensos por
questões sanitárias. No entanto, com a flexibilização das medidas restritivas, uma decisão judicial
recente autorizou que ele tenha acompanhamento com um dentista particular. A rotina de Beira-Mar na penitenciária segue o protocolo do sistema prisional
federal. O acesso à leitura também é restrito: Beira-Mar pode manter consigo apenas
livros pedagógicos, uma obra religiosa e um exemplar da biblioteca da unidade,
cuja leitura pode contribuir para a redução de pena caso produza resumos
aprovados pelo juiz corregedor. Em consulta com o psiquiatra particular, foi constatado que ele apresenta
rememorações negativas e dificuldades para lidar com o estresse e a raiva. O
médico recomendou acompanhamento psiquiátrico quinzenal para evitar uma piora no
quadro emocional do detento.
Dentro do presídio, a alimentação é controlada por nutricionistas e inclui
seis refeições diárias. Caso necessite de algo além do fornecido pela unidade,
como produtos de higiene ou atendimento médico, o detento precisa formalizar
um requerimento. Além dos problemas odontológicos, a saúde mental do criminoso também foi parar
na Justiça. De acordo com relatório médico o qual a coluna teve acesso,
Beira-Mar sofre com episódios de ansiedade, impulsividade e frustrações que
geram sentimentos de impotência.
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