Neste domingo, 09, a polícia libanesa lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que jogavam pedras e bloquearam uma via perto do Parlamento em Beirute. Este é o segundo dia de protesto contra o governo por causa da explosão na região portuária de Beirute que aconteceu na terça-feira, 04.
A explosão matou 158 pessoas e feriu mais de 6.000, até o momento, além de destruir a cidade. Num momento de crise política e econômica que o país enfrenta, manifestantes fazem apelos para que o governo renuncie.
Segundo imagens de TV, o fogo irrompeu uma entrada para a praça do parlamento enquanto manifestantes tentavam invadir uma área isolada. Foram invadidos também escritórios do ministério.
Segundo um correspondente da Reuters, policiais da tropa de choque entraram em confronto com os manifestantes enquanto milhares de pessoas convergiam para a Praça do Parlamento e para a Praça dos Mártires.
De acordo com a rede Al-Jazeera, durante os confrontos um policial foi morto e pelo menos 728 pessoas ficaram feridas. A rede não informa se os dados são dos dois dias de manifestação, ou apenas de hoje.
A ministra da Informação, Manal Abdel Samad, anunciou sua renúncia, a primeira de uma autoridade governante, dizendo que o governo libanês falhou em corresponder às aspirações do seu povo. O ministro do Meio Ambiente, Damianos Kattar, também renunciou ao cargo.
O patriarca cristão maronita, Bechara Boutros al-Rai, disse que o governo deveria renunciar de vez uma vez que não pode mudar a forma como governa. “A renúncia de um parlamentar ou ministro não é suficiente… todo o governo deveria renunciar, pois não é capaz de ajudar o país a se recuperar”, afirmou.
O Brasil anunciou que irá enviar medicamentos e alimentos ao país.