Belém x Recife: qual é a verdadeira capital da música brega?
Nos últimos meses, a disputa que era apenas uma brincadeira entre moradores
ganhou caráter oficial depois de uma campanha Ministério do Turismo e um projeto
de lei no Senado.
O Brasil tem duas Capitais do Brega
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O Brasil tem duas Capitais do Brega
De um lado, Belém, no Pará. Do outro, Recife, em Pernambuco. No centro da
disputa, um título: o de capital do brega. O Fantástico foi até as duas cidades
para entender o que está por trás da confusão.
Especialistas e artistas divergem sobre a origem do gênero musical. Para Belém,
o brega começou na década de 1950, com festas e manifestações musicais da
região, e hoje tem seu ápice no technobrega. Já Recife ganhou destaque com o
brega romântico dos anos 1970, de nomes como Reginaldo Rossi e Amado Batista, e
hoje é dominado pelo brega funk.
Nos últimos meses, a disputa ganhou caráter oficial. Uma campanha do Ministério
do Turismo, em parceria com a cantora Joelma, declarou Belém como capital
mundial do brega, reconhecida pela Organização das Nações Unidas para o Turismo.
O anúncio foi feito no dia 30 de maio de 2025.
Poucos dias antes que isso, no entanto, em 13 de maio, o Senado aprovou um
projeto de lei que concede a Recife o título de capital nacional do brega. Houve
recurso, e agora o projeto aguarda nova aprovação da Casa. Também no dia 22 de
maio, o presidente Lula sancionou uma lei que instituiu o Dia Nacional do Brega,
comemorado em 14 de fevereiro, data do aniversário de Reginaldo Rossi, o rei do
brega e recifense.
E agora?
> “A solução encontrada, sem ferir ou magoar ninguém, foi deixar Recife como
> capital nacional do Brega e conceder a Belém o título de capital mundial do
> brega”, disse o ministro do Turismo, Celso Sabino.
DISPUTA SAUDÁVEL
A rivalidade existe, mas união entre os dois polos do gênero também é celebrada.
Joelma, estrela da campanha de Belém, reconhece o papel de Recife em sua
carreira. “Recife abriu as portas, sempre serei grata”, afirma.
Priscila Senna, representante do brega pernambucano, destaca a influência
paraense: “A Joelma sempre foi uma referência para mim. Eu amo demais essa
mistura”.
A solução? As duas cidades seguem como capitais do brega, separadas por cerca de
2 mil quilômetros, mas unidas pelo ritmo que conquistou o Brasil e o mundo.
> “Eu amo Recife. Música é música. Estamos juntos, meu irmão”, resume Wanderley
> Andrade, ícone do brega paraense, em uma chamada simbólica de paz entre os
> dois polos do gênero.
1 de 1 Da onde vem o Brega? Pernambuco e Belém disputam gênero musical — Foto:
Reprodução/Fantástico
Da onde vem o Brega? Pernambuco e Belém disputam gênero musical — Foto:
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