Espinheira-santa: conheça os benefícios para a saúde e como usar
A espinheira-santa é uma planta medicinal comum na região Sul do país, mas que pode ser encontrada também na versão desidratada. Muito comum no Sul do Brasil, a espinheira-santa é uma planta medicinal muito usada em infusões e conhecida pelos benefícios para a digestão.
A planta é rica em taninos, triterpenos e flavonoides, substâncias que ajudam a lidar com problemas estomacais. “A espinheira-santa é utilizada há séculos para o tratamento de doenças do sistema digestivo, pois auxilia no alívio da má digestão e age como coadjuvante para acalmar gastrites”, explicou a médica Jackeline Barbosa, da Herbarium, em entrevista recente ao DE.
A espinheira-santa pode ajudar a aliviar sintomas de desconforto abdominal por inibir a secreção excessiva de ácido, o que equilibra o pH estomacal e diminui a sensação de azia. Ela também estimula a regeneração celular, favorecendo a recuperação de lesões na mucosa.
As folhas da espinheira-santa são ricas em compostos bioativos que conferem suas propriedades terapêuticas. Alguns estudos apontam ainda que a planta medicinal pode ajudar a combater a bactéria H.pylori, associada a problemas estomacais, como gastrites e úlceras. A espinheira-santa também tem ação diurética, aumentando a eliminação de líquidos e ajudando o fígado a processar e eliminar toxinas do corpo.
Mais recentemente, pesquisas têm demonstrado que existe a possibilidade de a planta favorecer o controle de lipídeos no corpo, bem como o nível de açúcar no sangue”, afirmou a farmacêutica Leandra Sá, coordenadora das unidades Farmacotécnica, também em entrevista anterior ao DE.
A forma de uso mais tradicional da espinheira-santa é a infusão, que deve ser consumida antes das refeições. Outro jeito de usar a planta é por meio de cápsulas ou extratos, mas esse tipo de apresentação deve ser recomendada por um médico, já que as substâncias da espinheira-santa estão concentradas.
Em geral, a espinheira-santa é considerada segura, mas não deve ser consumida por gestantes e crianças menores de 12 anos. Pessoas que usam medicamentos diuréticos ou que tenham pressão baixa também devem ter cautela ao usar a planta medicinal. Ela também pode interferir na absorção de minerais como ferro e cálcio. “A utilização contínua por períodos superiores a seis meses não é recomendada sem supervisão médica, para evitar possíveis efeitos adversos”, explicou a nutricionista Letícia Vieira, do grupo Mantevida, em Brasília, em entrevista anterior ao DE.