Beto Sem Braço é um nome que ressoa nas rodas de samba do Rio de Janeiro. Conhecido por suas composições marcantes, parcerias com grandes nomes da música e por sua personalidade peculiar, Laudeni Casemiro fez história no cenário do samba carioca. Nascido em Vila Isabel, em 1940, Beto teve sua trajetória marcada por superações e conquistas, tornando-se um dos maiores compositores de sua época.
O Império Serrano, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro, presta homenagens a Beto Sem Braço, ressaltando sua importância e legado para a música popular brasileira. Seus sambas, como “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, em parceria com Aluisio Machado, conquistaram o coração dos foliões e se tornaram clássicos nos desfiles de carnaval. Além disso, Beto teve suas composições interpretadas por grandes nomes, como Zeca Pagodinho, Neguinho da Beija-Flor, Alcione e outros.
A origem do apelido “Sem Braço” remete a um acidente na infância que resultou na amputação de seu braço direito até o antebraço. Mesmo com essa limitação, Beto não se deixou abater e encontrou na música uma forma de expressão e superação. Sua jornada como feirante, cantor e compositor o levou a grandes conquistas, como a vitória no carnaval de 1982 com o samba “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”.
A parceria com Aluisio Machado foi fundamental em sua carreira, resultando em composições marcantes e premiadas. A relação entre os dois era tão intensa que muitos os consideravam uma verdadeira “formação de quadrilha”, no melhor sentido da expressão. Juntos, conquistaram diversos prêmios e reconhecimento no universo do samba, destacando-se como talentosos compositores e intérpretes.
Beto Sem Braço era conhecido não apenas por suas habilidades musicais, mas também por sua personalidade forte e peculiar. Sempre rodeado de amigos e familiares, ele gostava de promover festas e rodas de samba, onde distribuía comida e alegria aos convidados. Sua paixão pela música e pela vida era evidente em cada verso, em cada nota, em cada sorriso.
A morte precoce de Beto Sem Braço, aos 51 anos, deixou saudades e um vazio no cenário musical carioca. Seu legado, no entanto, continua vivo nas memórias e corações daqueles que tiveram o privilégio de conhecer sua arte e sua essência. Sua contribuição para o samba brasileiro é inegável, e seu nome permanece eternizado nas rodas de samba, nos desfiles de carnaval e na história da música popular. Beto Sem Braço: um mestre, um enredo, uma lenda.