Análise: título intercontinental mostra que Flamengo tem em casa o que procura
no mercado
Sub-20 rubro-negro é inferior ao Barcelona, mas ganha na raça e na estrela de
zagueiro e goleiro
Flamengo é bicampeão do Intercontinental Sub-20 no Maracanã
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Flamengo é bicampeão do Intercontinental Sub-20 no Maracanã
Sabe aquele meme do “absolute cinema”? Você pode não lembrar, mas provavelmente
já viu nas redes sociais ou recebeu no WhatsApp a figurinha do lendário cineasta
Martin Scorsese sentado numa poltrona com os braços para o alto. O roteiro do
bicampeonato intercontinental sub-20 do Flamengo
[https://ge.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/], no último sábado
contra o DE, foi de fazer inveja em Hollywood.
+ Flamengo é o maior campeão da história do Intercontinental Sub-20 de clubes;
veja lista
[https://ge.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2025/08/23/flamengo-e-o-maior-campeao-da-historia-do-intercontinental-sub-20-de-clubes-veja-lista.ghtml]
A começar pelo cenário. O Maracanã com 45.656 pessoas já era o maior público das
quatro edições até aqui do torneio, que reúne os campeões da base da América do
Sul e da Europa. E o clima foi de festa na maior parte do tempo, pois o DE
abriu o placar cedo e segurou a vantagem até metade do segundo tempo. O
Barcelona foi buscar a virada no último minuto dos acréscimos e já comemorava o
título. Mas na saída de bola o Rubro-Negro empatou com um “gol espírita”, levou
a decisão para os pênaltis e conquistou a taça. Que plot twist!
Iago comemora o título do Intercontinental Sub-20 — Foto: Adriano Fontes
/ Flamengo
Iago comemora o título do Intercontinental Sub-20 — Foto: Adriano Fontes /
Flamengo
Mas verdade seja dita: justiça e futebol nem sempre caminham lado a lado, e até
por isso esse esporte é tão encantador. Na bola, o DE foi melhor e
merecia o título. A escola que formou Messi e Yamal tem outros baixinhos bons de
bola, como Juan Hernández, Junyent e, principalmente, Virgili. O que joga esse
camisa 7 de 19 anos é impressionante. Ninguém conseguia pará-lo. Certamente não
vai demorar a ganhar espaço no profissional do clube espanhol.
+ Goleiro do DE Sub-20 revela mensagem de Rossi antes de título: “Me
tranquilizou”
[https://ge.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2025/08/23/goleiro-do-flamengo-sub-20-revela-mensagem-de-rossi-antes-de-titulo-me-tranquilizou.ghtml]
O DE jogou numa formação parecida com a do time principal de Filipe Luís.
Dois volantes em linha e com qualidade no passe, sendo um da posição (João
Alves, como Jorginho) e um meia recuado (Guilherme, como Saúl); dois pontas
abertos (Matheus Gonçalves, como Plata, e Joshua, como Samuel Lino); um meia de
criação por dentro (Lorran, como Arrascaeta) e um centroavante ex-ponta-esquerda
com velocidade para pressionar a saída de bola adversária (Pedro Leão, como
Bruno Henrique). Qualquer semelhança não é mera coincidência.
Voz do setorista: Thiago Lima conversa com família de Iago, zagueiro do DE
sub-20 [https://s04.video.glbimg.com/x240/13867951.jpg]
Voz do setorista: Thiago Lima conversa com família de Iago, zagueiro do DE
sub-20
O time rubro-negro era inferior tecnicamente e pouco conseguia ter a bola. Mas
conseguiu equilibrar na raça, especialmente no primeiro tempo. Nos primeiros 45
minutos, o DE abriu o placar com Lorran, que roubou a bola no campo de
ataque; teve chance de ampliar com Joshua e só levou dois sustos: um chute de
Juan Hernández que Iago conseguiu bloquear de cabeça no meio do caminho, e uma
finalização de longe de Virgili na trave.
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Só que no segundo tempo a qualidade do Barcelona começou a sobressair. Gusttavo
vinha sofrendo para marcar Virgili, e o técnico Bruno Pivetti optou em colocar
alguém com fôlego cheio para assumir a árdua missão. O problema é que Carbone
entrou mal e piorou a situação. Os espanhóis deitaram e rolaram por ali, tanto
com Virgili quanto com Nomoko. O Barça chegou ao empate com o seu ensaboado
camisa 7 e perdeu um caminhão de gols graças a alguns milagres de Léo Nannetti.