Última atualização 02/03/2022 | 19:35
O bilionário russo Roman Abramovich tomou a decisão de vender o Chelsea Football Club. Com vínculos ao presidente Vladimir Putin, o magnata estava sofrendo pressão depois da invasão russa à Ucrânia. O político e empresário optou pela venda do clube, quase duas décadas após a sua compra. Segundo ele, o valor líquido da transação irá para as vítimas da guerra em território ucraniano.
A relação entre Abramovich e o Chelsea
Antes de 2003, o Chelsea não estava entre os maiores clubes da Inglaterra. Foi então que Roman Abramovich comprou a equipe e começou a investir nela. A partir daí, os Blues se solidificaram não apenas como um dos maiores times ingleses, mas também como um dos mais vitoriosos clubes da Europa e do mundo. Desde a compra por Abramovich, o Chelsea venceu duas Ligas dos Campeões e um Mundial de Clubes, ambos de forma inédita, além de cinco títulos da Premier League e diversas outras taças. Nesse período, Abramovich investiu mais de 1,5 bilhões de libras, equivalente a mais de 10 bilhões de reais. Agora, o magnata de 55 anos venderá o Chelsea com um sentimento de dever cumprido.
“A venda do clube não será acelerada, mas seguirá o devido processo. Eu não vou pedir nenhum empréstimo para ser reembolsado. Isso nunca foi sobre negócios ou dinheiro para mim, mas sobre pura paixão pelo jogo e pelo clube. Além disso, instruí minha equipe a criar uma fundação de caridade onde todos os lucros líquidos da venda serão doados. A fundação será para o benefício de todas as vítimas da guerra na Ucrânia. Isso inclui fornecer fundos essenciais para as necessidades urgentes e imediatas das vítimas, bem como apoiar o trabalho de recuperação de longo prazo”, destacou Roman Abramovich, em nota oficial.
De acordo com a imprensa britânica, os bilionários Hansjörg Wyss, da Suíça, e o estadunidense Todd Boehly já demonstraram interesse na compra do Chelsea.