Bioeconomia na Amazônia: Inscrições prorrogadas para projetos sustentáveis com R$ 2 milhões disponíveis

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Bioeconomia: inscrições prorrogadas de editais que oferecem R$ 2 milhões a projetos sustentáveis na Amazônia

As inscrições para os editais do Distrito de Inovação e Bioeconomia de Belém (DIBB) foram prorrogadas até o dia 29 de julho. Esta iniciativa tem como objetivo posicionar Belém como um polo global de inovação em bioeconomia e soluções urbanas na Amazônia. Com a disponibilidade de R$2 milhões em recursos para apoiar os projetos selecionados, os programas oferecem também capacitação e mentorias especializadas. O incentivo visa impulsionar empreendimentos que combinem tecnologia, conhecimento tradicional e sustentabilidade, num momento em que a capital paraense se prepara para sediar a COP 30.

Podem se candidatar aos editais pessoas físicas, empreendedores, profissionais ou empresas que atuem ou desejem desenvolver seus negócios na Região Metropolitana de Belém. Esta região é composta pelos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará, Castanhal e Barcarena. A iniciativa faz parte do projeto de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA), em parceria com a Prefeitura de Belém, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP) e o Itaipu Parquetec, com financiamento da Itaipu Binacional.

O fomento à bioeconomia tem se destacado como uma estratégia para conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental. Baseado em recursos renováveis, saberes tradicionais e inovação, este setor já movimenta cerca de R$12 bilhões anualmente e pode ultrapassar R$40 bilhões até 2050, gerando mais de 800 mil empregos. O Pará é um exemplo, onde 13 cadeias produtivas da bioeconomia movimentam R$9 bilhões, podendo gerar R$816 milhões em PIB adicional e 6.500 empregos com investimentos públicos.

Antonio Abelém, coordenador de inovação do DIBB, destaca que a Amazônia possui uma vasta riqueza natural, saberes tradicionais e cadeias produtivas ligadas à floresta, reunindo condições únicas para liderar uma nova economia verde. A bioeconomia, envolvendo áreas como alimentos nativos, cosméticos naturais, biotecnologia, energia limpa e turismo sustentável, torna-se essencial para gerar renda, fortalecer comunidades e proteger o território.

Além do aspecto econômico, a bioeconomia desempenha um papel fundamental no combate à crise climática. O uso sustentável dos recursos naturais pode preservar até 81 milhões de hectares de floresta, aumentar em 19% o estoque de carbono e reduzir significativamente as emissões agropecuárias até 2050. A transição para uma economia baseada na floresta e tecnologia é uma solução concreta para frear o desmatamento, valorizando a floresta como ativo produtivo, social e ambiental.

Com a proximidade da COP 30 em Belém, a consolidação da bioeconomia como eixo estratégico para o desenvolvimento amazônico torna-se urgente e necessária. Os quatro editais oferecidos pelo DIBB abrangem áreas como sociobiodiversidade, infraestrutura urbana, tecnologias sustentáveis e muito mais, visando impulsionar negócios em estágio inicial e em operação na bioeconomia amazônica. As inscrições estão abertas até 29 de julho de 2025, exclusivamente no site do DIBB.

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