Biomédica assassinada pelo ex-marido: o que se sabe sobre o caso
O ex-marido dela confessou o crime, que foi cometido dentro de uma clínica de estética, em Ibirité, na Grande BH.
Mulher é vítima de feminicídio na grande BH
O corpo da biomédica Miquéias Nunes de Oliveira foi enterrado, nesta terça-feira (11), em Manhuaçu, na Zona da Mata Mineira. A mulher foi vítima de feminicídio.
Segundo a polícia, o ex-marido dela confessou o crime, que foi cometido dentro de uma clínica de estética, em Ibirité, na Grande BH.
Veja, abaixo, tudo o que se sabe sobre o caso:
Como o crime aconteceu?
Quem era a vítima?
Quem chamou a polícia?
O que disse o ex-marido?
O que havia na casa dele?
O homem foi preso?
COMO O CRIME ACONTECEU?
Natural de Manhuaçu, na Zona da Mata mineira, Kéia Oliveira tinha 33 anos e trabalhava como esteticista em Ibirité, na Grande BH. Miquéias Nunes de Oliveira, também conhecida como Kéia Oliveira, de 33 anos, foi morta, na última segunda-feira (10), em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No momento do crime, a biomédica atendia uma paciente na clínica de estética onde trabalhava.
De acordo com a polícia, o ex-companheiro da vítima, identificado como Renê Teixeira, de 42 anos, a assassinou com golpes de canivete e, em seguida, tentou se matar. Ele confessou o feminicídio (leia mais abaixo).
Na tarde desta terça (11), a mulher foi velada no Cemitério Padre José Campos Taitson e Velório Municipal, em Ibirité. Na sequência, o corpo foi enterrado em Manhuaçu, cidade natal de Miquéias.
QUEM ERA A VÍTIMA?
Também conhecida como Kéia Oliveira, a vítima tinha formação em biomedicina, com especialização em estética e pós-operatório, e era certificada como terapeuta alternativa pelo Conselho Regional de Terapia Holística (CRTH).
Ela usava as redes sociais para compartilhar conteúdos sobre cuidados com a pele e divulgar o próprio trabalho.
Durante o velório, amigos e familiares prestaram as últimas homenagens à biomédica, que foi descrita como uma pessoa meiga e trabalhadora.
“Conheci ela com as qualidades lindas de uma mulher: meiga, doce, trabalhadora… Estava com 33 anos, no momento melhor da sua vida. A dor nossa que fica é essa inconformidade, pertinho do 8 de Março, tiraram sua vida. Essa é uma coisa que a gente não pode esquecer”, disse a amiga Fabíola Catalan à TV Globo.
QUEM CHAMOU A POLÍCIA?
A paciente da clínica que testemunhou o crime foi até a Delegacia da Polícia Civil de Ibirité para pedir socorro. Ela relatou aos policiais que o homem entrou no estabelecimento, que fica no bairro Várzea, e esfaqueou a biomédica várias vezes.
Uma equipe se deslocou até o local e encontrou a vítima já sem vida. O ex-marido dela estava ensanguentado, deitado ao lado do corpo.
O QUE DISSE O EX-MARIDO?
Ainda no local do crime, enquanto aguardava atendimento médico, Renê Teixeira afirmou aos policiais que matou a mulher antes de tentar suicídio. Ele contou que o casal estaria em processo de separação e que esteve na clínica para conversar.
O homem também disse que cogitou levar a ex-esposa para casa, onde, segundo ele, usaria uma arma de fogo para assassiná-la e se mataria em seguida.
O QUE HAVIA NA CASA DELE?
A Polícia Militar foi acionada para fazer buscas no apartamento do casal. No imóvel, foram encontradas uma pistola de calibre 9 milímetros com numeração raspada e 35 munições.
Conforme apurado pela corporação, os dois ainda moravam na mesma casa, porém a vítima já estava decidida a se separar, e o ex-marido tentava reatar o relacionamento há cinco meses.
O HOMEM FOI PRESO?
Em nota, a Polícia Civil informou que deslocou equipes de policiais civis e da perícia oficial ao local do crime, a fim de realizar os primeiros levantamentos e prestar o apoio necessário aos envolvidos.
Segundo a instituição, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionado para prestar o devido socorro e atendimento médico à vítima, mas a mulher não resistiu e faleceu no local. Constatado o óbito, o corpo foi encaminhado ao Posto Médico Legal de Betim para ser submetido ao exame de necropsia.
O homem foi levado ao Hospital de Contagem, onde permanece sob escolta policial. Ele foi autuado pelos crimes de feminicídio e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, em razão da apreensão feita na residência.
“Segundo informações preliminares, os envolvidos estavam em processo de separação, e o homem não aceitava o fim do relacionamento. A investigação segue em andamento para a completa elucidação do caso e outras informações poderão ser repassadas em momento oportuno”, completou a Polícia Civil.