Black Friday: 50% dos consumidores pretende comprar algum produto neste ano; saiba aproveitar promoções e fugir de golpes

Black Friday: conheça dicas para aproveitar promoções e fugir de golpes

A época de aproveitar descontos nas lojas físicas e on-line está chegando. A Black Friday oferece muitas vantagens para o consumidor, mas é preciso atenção para fazer boas compras e evitar dores de cabeça. Uma das dicas dos especialistas é acompanhar os preços dos produtos antes do evento, marcado para o dia 25 de novembro, para não cair no golpe da “metade do dobro”. A pesquisa Behup realizada no mês passado indicou que 50% dos consumidores pretende comprar algum produto neste ano. 

Com itens até 80% mais baratos, muitas pessoas enchem os olhos e se esquecem de se precaver. O passo a passo inclui verificar se o site segue padrões de segurança, como a sigla “http” ou “htpps” antes do endereço. As páginas falsas costumam enganar pelo layout bastante similar com os originais, mas erros de ortografia, exageros visuais e imagens desconfiguradas acendem o alerta.

“Em Goiás, o consumidor pode contar com o auxílio da Lei 19.607 para ter certeza de promoções realmente vantajosas para o seu bolso. A legislação determina que os fornecedores divulguem o histórico de preços de produtos e serviços em promoção nos 12 meses anteriores. A prática evita a maquiagem de preços por parte dos comerciantes”, sugere o superintendente do Procon Goiás, Levy Alves.

Organizar uma lista com os produtos desejo surge como uma estratégia para não se render a tantas liquidações e conter o impulso. Além disso, o checklist pode incluir os presentes de natal com garantia de economia. A ansiedade para pagar menos pode atrapalhar no momento de finalizar a compra sem conferir os preços no carrinho de compras on-line ou mesmo no caixa. Algumas lojas virtuais alteram os valores após uma “contagem regressiva” e mantêm os originais.

Criminosos se aproveitam do anúncio das grandes ofertas da Black Friday para aplicar o chamado phishing pelo whatsapp, SMS ou e-mail. É uma tentativa de obter informações confidenciais, como nome de usuário, senha e detalhes do cartão de crédito, induzindo as prováveis  vítimas a clicarem em links enviados pelo celular ou pelo correio eletrônico com mensagem de confirmação ou mesmo reclamação de compras realizadas ou não. A orientação de Levy é nunca seguir a ação sem conferir a idoneidade da empresa, sem consultar órgãos de proteção do consumidor e canais de reclamação como o Reclame Aqui.

No caso de compras pela internet ou pelo telefone, o consumidor tem o direito de desistir da compra pelo prazo de até sete dias a contar do recebimento do produto, mesmo que ele não apresente nenhum defeito. Se a compra for realizada na loja física, o estabelecimento não é obrigado a efetuar a troca do produto por motivo que não seja defeito. A cobrança de valores diferenciados em caso de pagamento à vista ou com uso do cartão não são permitidas sem aviso prévio ao consumidor. O fornecedor deve informar, em local e formato visíveis ao consumidor, eventuais descontos oferecidos em função do prazo ou do instrumento de pagamento utilizado.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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