Bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins é fechado em BH; pacientes serão encaminhados para o João XXIII

Cirurgias são interrompidas no Hospital Maria Amélia Lins, em BH; pacientes serão encaminhados para o João XXIII

Hospital de referência em cirurgias ortopédicas em Minas Gerais, Hospital Maria Amélia Lins fechou o bloco cirúrgico após dano em um equipamento, que não tem previsão de reparo. O Diário do Estado noticiou que o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), localizado no bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, está fechado desde a última segunda-feira (6), e não há previsão de que volte a funcionar. Pacientes e funcionários estão sendo transferidos para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, que terá um aumento de pelo menos 200 cirurgias por mês.

Nesta quarta-feira (8), funcionários e pacientes fizeram um ato na porta do HMAL, para denunciar a interrupção de tratamentos e o cancelamento de cirurgias agendadas. Segundo a técnica de enfermagem Angélica Sampaio, o Hospital João XXIII não está conseguindo atender a demanda de pacientes que anteriormente eram atendidos no HMAL, resultando em muitos cancelamentos de cirurgias.

Vestido com pijama hospitalar, o operador de guincho Robson Fortunato, 37 anos, queixava-se na porta do HMAL de estar “preso”, aguardando pela cirurgia, já com 24 horas de atraso. Muitos pacientes viajam longas distâncias e ficam em jejum para as cirurgias, que acabam sendo canceladas, gerando frustração e prejudicando o atendimento.

Funcionários indicaram ao Diário do Estado que a falta de manutenção adequada nos equipamentos está prejudicando a qualidade do serviço no HMAL. A diretoria do hospital confirmou que enfrenta “sérios problemas estruturais”. A gota d’água para a interrupção dos atendimentos foi a danificação de uma peça do arco cirúrgico em dezembro de 2024.

O Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) criticou a transferência de pacientes para o Hospital João XXIII, temendo a interrupção dos atendimentos. O fechamento do bloco cirúrgico do HMAL pode causar um caos total no setor de ortopedia, conforme destacou Neuza Freitas, membro da diretoria do sindicato. Fundado em 1947, o HMAL é referência em cirurgias ortopédicas em Minas Gerais e trabalha em conjunto com o Hospital Pronto-Socorro João XXIII desde 2019, recebendo pacientes excedentes.

A concentração de todos os atendimentos no João XXIII tem gerado problemas, com pacientes de cirurgias eletivas disputando espaço com os atendimentos de urgência. Os pacientes do HMAL têm enfrentado frequentes cancelamentos de cirurgias devido a essa situação. Em nota, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) esclareceu que o HMAL não está fechado, mas que procedimentos ortopédicos de baixa complexidade estão sendo transferidos temporariamente para o João XXIII até a recuperação completa dos serviços no Maria Amélia Lins.

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Aumento de 262% no vale-refeição dos vereadores de Divinópolis: polêmica e debates na cidade

Vale-refeição dos vereadores de Divinópolis tem aumento de mais de 260%

Recentemente, a Câmara Municipal de Divinópolis, publicou uma portaria que gerou grande repercussão na região. O documento estabelece um aumento de quase 262% no valor do vale-refeição destinado aos vereadores. Além disso, os servidores comissionados e efetivos também foram contemplados com um reajuste de aproximadamente 25%. Essa decisão tem levantado questionamentos e debates na cidade, principalmente devido à disparidade entre o percentual de aumento concedido aos vereadores e aos demais servidores.

Antes da publicação da nova portaria, o vale-refeição era calculado com base em 0,25 UPFMD por dia trabalhado, equivalente a R$ 508 mensais. Com as alterações, os servidores passaram a receber 0,30 UPFMD, totalizando R$ 638,28 por mês. Já para os vereadores, o valor será de 19 UPFMD mensais, o que corresponde a R$ 2.021,22. A Câmara justificou o aumento afirmando que a medida está de acordo com a legislação vigente e destacou a complexidade das funções desempenhadas pelos vereadores.

O benefício do vale-refeição não é válido durante o recesso parlamentar ou em casos de afastamento dos servidores. A Câmara ressaltou que não houve qualquer ilegalidade ou irregularidade durante o processo de aprovação e implementação do reajuste. Os vereadores exercem suas funções diariamente, incluindo finais de semana, atendimento à população, fiscalização da execução de políticas públicas, entre outras atividades que demandam tempo e atenção constante.

A população foi convidada a avaliar os resultados do trabalho realizado pelos vereadores, destacando as conquistas e benefícios alcançados para Divinópolis. No entanto, o aumento significativo no vale-refeição dos vereadores provocou críticas e debates na cidade. O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro Oeste de Minas Gerais (Sintram) classificou o aumento como um “escândalo”. A entidade manifestou sua posição contrária ao reajuste em publicação no próprio site.

Diante desse cenário, a cidade tem sido palco de discussões acaloradas sobre a decisão da Câmara em conceder um aumento expressivo no vale-refeição dos vereadores. A população, representantes de entidades e órgãos da sociedade civil têm se manifestado de forma ativa e crítica em relação a essa medida. A transparência e a prestação de contas por parte dos vereadores têm sido temas frequentes nas discussões sobre esse assunto. É importante que a gestão pública esteja em sintonia com as demandas e expectativas da população, garantindo a correta aplicação dos recursos públicos e a prestação de serviços de qualidade para todos os cidadãos.

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