Minicaveirão do tráfico: bandidos da Maré adaptam BMW blindada para acomodar fuzis; VÍDEO
O veículo foi apreendido na manhã desta quinta-feira (6) durante uma operação da Polícia Civil no Parque União e na Nova Holanda.
Polícia apreende carro importado blindado com vidros furados para colocar fuzis
Criminosos do Complexo da Maré furaram a blindagem de uma BMW e a transformaram em um minicaveirão para atirar em rivais e em policiais militares.
O veículo foi apreendido na manhã desta quinta-feira (6) durante uma operação da Polícia Civil no Parque União e na Nova Holanda.
De acordo com os policiais, os criminosos fizeram vários furos nos vidros do carro de luxo, por onde passavam os canos dos fuzis e atiravam quando necessário.
Era mais uma fase da Operação Torniquete, policiais civis estouraram um “escritório” do Comando Vermelho (CV) onde eram planejados roubos de cargas. Computadores foram apreendidos e serão periciados.
Segundo as investigações da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), os equipamentos do “escritório” guardariam informações sensíveis, como:
dados de funcionários das empresas de transporte que, em conluio com os criminosos, detalham rotas, horários e conteúdo das cargas;
contatos de empresários que receptam as cargas subtraídas.
O espaço, no Parque União, manteria ainda o arsenal do bando e bloqueadores de GPS.
Na Torniquete desta quinta, agentes saíram para cumprir 74 mandados de busca e apreensão nas comunidades Nova Holanda e Parque União, no Complexo da Maré, e em outras regiões da capital e da Baixada Fluminense, além de endereços no Ceará, Bahia, Goiás e Santa Catarina, com o apoio das polícias desses estados.
A polícia identificou 2 quadrilhas voltadas ao roubo de cargas e ligadas ao Comando Vermelho (CV) que estão escondidas na Maré. Os chefes desses grupos já eram foragidos da Justiça.
A DRFC identificou a estrutura desses grupos após a prisão de um de seus integrantes, que deu detalhes do “escritório”.
Os ataques a caminhões ocorrem nas principais vias do estado. Já o saque das cargas é realizado em comunidades de Duque de Caxias e nos complexos do Alemão, da Maré e de Manguinhos.
Os criminosos também abriram empresas de fachada para realizar transações com os receptadores, a fim de tentar legalizar o patrimônio.
A DRFC descobriu que carregamentos de celulares subtraídos eram enviados para o Ceará e que carros roubados iam para a Bahia. Há também indícios de envio de cargas roubadas para Santa Catarina e Goiás.