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Boas práticas podem ajudar a reduzir o lixo das grandes cidades

Pensar em uma cidade com o mínimo de lixo encaminhado ao aterro sanitário é uma discussão necessária em tempos de pandemia de covid-19. É o que pensa o embaixador do Lixo Zero em Goiás, o bio arquiteto e urbanista Filemon Tiago. “Falar de meio ambiente é urgente. A própria crise sanitária que se instalou no mundo é por causa do meio ambiente”. Filemon é um dos palestrantes do Fórum Estadual Municípios Lixo Zero, que acontece no dia 4 de junho em ambiente virtual para discussão das políticas públicas ambientais do Estado, por ocasião da Semana do Meio Ambiente e do dia Mundial do Meio Ambiente, da Ecologia e dia Nacional da Reciclagem, comemorado dia 5 de junho.

Filemon Tiago defende que é possível implementar boas práticas para reduzir o lixo produzido diariamente. A solução passa pela educação, com estudos sobre o meio ambiente e sua preservação, técnicas de compostagem e de reciclagem no ensino formal e não-formal; pela separação de rejeitos em orgânicos, recicláveis e aquele que não tem como ser aproveitado; pelo poder público na implementação de políticas que viabilizem os projetos, no cumprimento de leis e fiscalização; e pela iniciativa privada, no incentivo financeiro às boas práticas.

Ele lembra que atualmente em Goiânia, o lixo orgânico é reaproveitado para a fabricação de biofertilizantes por empresas privadas. O poder público não faz este tipo de trabalho. “A compostagem é feita por uma empresa que recolhe duas vezes na semana meu lixo orgânico. Eu pago uma pequena taxa mensal e recebo de volta mudas e biofertilizantes. Em Goiás não existe um serviço assim que seja público e com essa prática, reduzi em 50% o lixo individual”, explica.

Quanto aos resíduos sólidos, o embaixador do Lixo Zero revela que 90% dos resíduos secos, os recicláveis, são recolhidos pelos catadores. “É muito importante que se criem políticas públicas para atender esta categoria tão importante”.

Educação Ambiental
Para o Coordenador da Incubadora Social da Universidade Federal de Goiás, professor Fernando Bartholo o goianiense e em geral, o goiano, habituado a jogar todo tipo de coisa no lixo está melhorando sua consciência em relação ao meio ambiente e isso se dá especialmente por causa da educação ambiental. “Mas há muito por fazer”.

O caminho, segundo ele, é a educação ambiental. Ele orienta que o lixo doméstico seja separado em duas partes: recicláveis secos e não recicláveis. Os primeiros vão para as cooperativas e a segunda parte para o aterro sanitário.

* Rosana Melo, especial para o Diário do Estado

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