Boca de urna aponta vitória de Angela Merkel com 33,5% dos votos

A aliança conservadora formada pela União Democrata-Cristã (CDU), da chanceler alemã, Angela Merkel, ganhou neste domingo (24) as eleições com 33,5% dos votos, 12% a mais que o Partido Social Democrata (SPD), conforme a pesquisa de boca de urna feita pela emissora pública de TV ZDF. As informações são da Agência EFE.

A ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou em terceiro lugar, com 13%.

O Partido Liberal estaria com 10%, conforme os números divulgados pela rede de TV no fechamento dos locais de votação, enquanto as legendas A Esquerda e Os Verdes empatariam, com 9%.

Estes resultados são muito parecidos aos do levantamento divulgado pelo canal ARD, que dá ao bloco conservador 32,5% dos votos, seguido do SPD, do ex-presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz, com 20%, e da AfD, com 13,5%.

Caso as pesquisas sejam confirmadas, só existem duas opções de aliança de governo possíveis: a reedição da grande coalizão com os social-democratas, como a que Merkel liderou na última legislatura, ou um tripartido inédito a escala federal entre os aliados da chanceler, os Verdes e o Partido Liberal. Essas porcentagens representam o pior resultado do SPD em eleições gerais da sua história.

Os dois grandes partidos sofreram um claro retrocesso também com relação ao pleito de 2013, em que a União Democrata-Cristã e a sua irmanada União Social-Cristã da Baviera (CDU/CSU) obtiveram 41,5% e o SPD, 25,7%. A Esquerda foi terceira força, com 8,6%, enquanto Os Verdes obtiveram 8,4%. Tanto o Partido Liberal quanto a AfD, então um partido essencialmente eurocético, tinham ficado alguns décimos abaixo do mínimo necessário para ter representação parlamentar (5%).

Caso se confirme, o próximo Bundestag (parlamento alemão) contará com seis grupos e será o mais diverso quanto ao número de formações desde os anos 50.

Fonte: Agência Brasil

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos