Boca Juniors e River Plate, em má fase, duelam por vaga na Libertadores; entenda crise
Rivais duelam às 16h30 deste domingo pela penúltima rodada do Torneio Clausura em um 2025 marcado por eliminações e fracassos dos gigantes.
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O clássico entre Boca Juniors e River Plate divide a Argentina. Neste domingo, os rivais duelam às 16h30 (de Brasília) pelo Campeonato Argentino em uma partida que serve para “salvar” a temporada dos dois times. O jogo da penúltima rodada do Clausura vale na briga por uma vaga na Libertadores, que pode ficar sem um dos gigantes.
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Boca Juniors x River Plate; Ayrton Costa — Foto: Rodrigo Valle/Reuters
Boca Juniors e River Plate se enfrentam com muito mais do que uma vitória em jogo, já que colecionaram resultados ruins ao longo do ano de 2025. As equipes chegam ao clássico com sinais de alerta ligados em La Bombonera e com a vaga para a próxima Libertadores em xeque.
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ANO DE DESASTRES NA BOMBONERA
Em uma temporada recheada de eliminações precoces e vexatórias, o Boca Juniors pode ter no clássico a chance de reduzir os danos de 2025 com uma classificação direta para a fase de grupos da Libertadores.
O ano começou com uma eliminação na fase prévia da Libertadores para o Alianza Lima em casa, nos pênaltis. No primeiro clássico do ano, o Boca perdeu por 2 a 1 no Monumental. Já em maio, outro revés: eliminação em casa no mata-mata do Apertura do Campeonato Argentino para o Independiente, com fortes protestos contra a direção liderada pelo presidente e ídolo Juan Román Riquelme.
Boca Juniors x Alianza Lima — Foto: JUAN MABROMATA / AFP
Mas o que pode ser considerado como a cereja do bolo foi a Copa do Mundo de Clubes. Com Fernando Gago demitido e Miguel Ángel Russo no comando, o time deixou escapar uma vitória na estreia contra o Benfica, perdeu para o Bayern de Munique e empatou em 1 a 1 com o semiamador Auckland City. Ainda em agosto, nas oitavas de final da Copa Argentina, foi derrubado pelo Atlético Tucumán por 2 a 1.
Resultados que contradizem a expectativa colocada no início do ano, marcado por contratações como Alan Velasco, a mais cara da história do clube (R$ 60 milhões), que falhou na definição por pênaltis na Libertadores, além da chegada do espanhol Ander Herrera. Em julho, o time contou com outro reforço de peso com a volta de Leandro Paredes, campeão do mundo com Argentina em 2022.
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Além dos resultados em campo, o clube teve que lidar com a perda do treinador Miguel Ángel Russo, que lutava contra um câncer há oito anos. O substituto é o seu auxiliar, Claudio Ubeda.
O Boca ainda se encontra em segundo na tabela anual do Campeonato Argentino, na falta de duas rodadas para o fim da fase regular. Com 56 pontos somados ao longo do Clausura e do Apertura (lembrando que a tabela anual soma apenas os pontos de jogos da fase de grupos), uma vitória garante a vaga na Libertadores de forma matemática. Os donos da casa vêm de uma sequência de duas vitórias de visitante contra Barracas Central e Estudiantes, por 3 a 1 e 2 a 1.
RIVER EM QUEDA
Se La Bombonera não festeja, o Monumental também não tem motivos para sorrir. Potência financeira do futebol argentino, o River Plate não consegue ser o protagonista dentro de campo e enfrenta dificuldades em 2025.
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River Plate foi eliminado para o Palmeiras na Libertadores 2025 — Foto: Nelson ALMEIDA / AFP
No papel, tudo é ótimo no River Plate, ainda mais quando comparado aos rivais locais. Financeiramente, somente o Boca pode falar o mesmo idioma do River. Quando o assunto é mercado de transferências, ninguém bate o time conhecido como “millonario”.
São quatro campeões mundiais: o goleiro Armani, os laterais Acuña e Montiel e o zagueiro Pezzella. Além deles, o River Plate também conta com o meia Quintero e o atacante Salas, destaques do Racing campeão da Sul-Americana de 2024. Todos eles são comandados por Marcelo Gallardo, multicampeão com o clube.
Marcelo Gallardo, técnico do River Plate — Foto: Getty Images
Na prática, o River não performa o que promete. São muitos veteranos na equipe principal com destaque maior pelo passado do que pelo presente. Foi assim que o River Plate perdeu para o Platense nas quartas de final do Apertura, caiu cedo na Copa do Mundo de Clubes e foi eliminado nas semifinais da Copa Argentina e da Libertadores.
Marcelo Gallardo, assim como os medalhões, não mostra os mesmos resultados de outros tempos. Ele não venceu títulos na segunda passagem pelo River, e Central Córdoba, Estudiantes, Platense e Vélez Sarsfield foram campeões nacionais. O Independiente Rivadavia, que tirou o River Plate na semifinal da Copa Argentina, venceu a competição nesta quarta-feira.
Apesar da má fase, Marcelo Gallardo teve o contrato renovado com o River Plate até dezembro de 2026. Ele é “o cara” do futebol do clube, responsável por decidir contratações e planejar o rumo da equipe. O momento do River não é bom, com somente uma vitória nos últimos cinco jogos.
Cor do uniforme e lado da torcida “definiram” os últimos campeões da Libertadores [https://s03.video.glbimg.com/x240/14073158.jpg]
Boca Juniors e River Plate duelam em La Bombonera às 16h30 deste domingo pela penúltima rodada do Torneio Clausura. Os rivais disputam as últimas duas vagas na Libertadores via tabela anual do Campeonato Argentino. O Boca tem 56 pontos e o River soma 52.




