Boletos acima de R$ 400 podem ser pagos em qualquer banco

As faturas vencidas, com valor igual ou superior a R$ 100, poderão ser pagas a partir de 13 outubro

Os boletos de valores entre R$ 400 e R$ 799,99, podem ser pagos em qualquer banco mesmo após o vencimento. O novo limite foi implementado no último sábado (27).

Segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), os boletos devem estar cadastrados na base de dados do sistema para serem aceitos por qualquer agencia bancaria, independentemente do canal de atendimento usado pelo consumidor, sem risco de erros nos cálculos de multas e encargos.

O procedimento deve ser realizado da seguinte forma: primeiro, os boletos precisam ser encaminhados aos bancos para inclusão na base da Nova Plataforma da Cobrança e depois devem ser emitidos e encaminhados aos pagadores.

As faturas vencidas, com valor igual ou superior a R$ 100, poderão ser pagas em qualquer banco a partir de 13 outubro. A plataforma está sendo implementada em fases. A primeira etapa começou com valores acima de R$ 50 mil, e, gradualmente os inferiores a esse valor estão sendo incorporados à base de dados (R$ 4 mil, R$ 2 mil, R$ 800 e agora os R$ 400). A previsão é que todo o processo esteja concluído em novembro.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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