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Bolsa Família: 1,2 milhão de contas são bloqueadas; entenda

Última atualização 12/04/2023 | 17:54

O governo federal bloqueou o Bolsa Família de 1,2 milhão de pessoas que dizem morar sozinhas e passaram a receber o benefício durante o período eleitoral, no segundo semestre de 2022. 

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), esse grupo terá 60 dias para recadastrar as informações e demonstrar que, de fato, preenche os requisitos para possuir o benefício. O prazo começa a contar a partir desta sexta-feira, 14.

O aviso de bloqueio da bolsa será enviado pelo aplicativo do Cadastro Único (CadÚnico)  e por mensagem de texto (SMS). E quem não atualizar as informações ou comprovar que mora sozinho pode ter o benefício suspenso de forma definitiva.

Se o beneficiário comprovar que compõe uma ‘família de uma pessoa só’ e tem direito ao benefício, essas parcelas bloqueadas serão depositadas de forma retroativa.

O governo já começou a informar os beneficiários que estão com Bolsa Família suspenso. Confira a mensagem enviada:

“Mensagem do Bolsa Família: benefício bloqueado por averiguação. Você precisa esclarecer informações do seu cadastro. Se você realmente mora sozinho, procure o setor do Cadastro Único na sua cidade até 16 de junho e atualize seu cadastro para evitar o cancelamento do seu benefício do Bolsa Família. Mais informações: ligue 121 – motivo: ave unipessoal cód. P1-76”.

Aumento de novos cadastros 

O bloqueio foi determinado porque o governo identificou um aumento de cadastros de famílias unipessoais em 2022, e suspeitam que boa parte desses sejam frutos de informações falsas.

No modelo que vigorou até 2021 e foi retomado neste ano, o Bolsa Família paga um valor-base por família e um adicional por criança e adolescente no cadastro. Em 2023, há um “piso” de R$ 600, com adicional de R $150 por criança de até 6 anos na família. O governo estima que o benefício médio esteja em R$ 670.

Em 2022, o Auxílio Brasil estabeleceu um repasse mínimo de R$ 600 por família, independentemente do número de pessoas. De acordo com o governo isso fez com que famílias fraudassem o benefício ao dizerem que cada morador da casa era uma “família unipessoal”. Ou seja: havia um cadastro para a mãe, um para o pai, e um para cada filho, todos, recebendo R$ 600 cada.