A parcela de famílias que estão vivendo de transferência de renda chegou a 16,9% em 2022. O Brasil nunca teve tantos lares recebendo recursos do principal programa de transferência de renda, o Bolsa Família/Auxílio Brasil, desde 2012. A Pnad Contínua divulgou nesta quinta-feira, 11, os dados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Vale mencionar que antes da pandemia, em 2019, a parcela de lares era de 14,3%. A última vez que o país alcançou a faixa de 16%, foi em 2012 quando era 16,6%.
Com o aumento de residências recebendo o benefício no ano passado, a renda domiciliar per capita também subiu. A renda chegou a ser de R$ 1.586, uma alta de 6,9%.
O IBGE fez a ponderação de que caiu de 15,4% para 1,5% a proporção de domicílios que receberam algum benefício de outros programas sociais, entre 2021 e 2022. Nesse mesmo período o número de domicílios que receberam o Auxílio Brasil/Bolsa Família aumentou de 8,6% para 16,9%.
Alessandra Brito, analista do IBGE, ressaltou em entrevista ao Jornal O Globo que o auxílio emergencial foi encerrado no final de 2021 e o Auxílio Brasil passou a substituir o Bolsa Família no valor de R$ 600.