Bolsas da Ásia fecham em alta com possível isenção a montadoras
As declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre possível isenção
fizeram as ações das montadoras avançarem na Bolsa de Tóquio
Os principais índices das bolsas de valores da Ásia
[https://www.metropoles.com/tag/asia] encerraram o pregão desta terça-feira
(15/4) em alta, refletindo o maior otimismo dos investidores com a possibilidade
de que os Estados Unidos isentem montadoras das tarifas comerciais impostas pelo
governo de Donald Trump [https://www.metropoles.com/tag/donald-trump].
Na véspera, o presidente norte-americano admitiu que pode determinar isenções
tarifárias às empresas do setor automobilístico. As declarações fizeram as ações
das montadoras avançarem na Bolsa de Tóquio
[https://www.metropoles.com/tag/toquio].
O ÍNDICE NIKKEI EM ALTA
O índice Nikkei, da bolsa japonesa, terminou o dia em alta de 0,84%, aos 34,2
mil pontos. Em Seul, na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou ganhos de 0,88%, aos 2,4 mil pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,23%, aos 21,4 mil pontos. Na China continental, o Xangai Composto avançou 0,15%, aos 3,2 mil pontos. Após as declarações de Donald Trump, os papéis da Toyota tiveram ganhos de 3,7%, enquanto as ações da Honda subiram 3,6% em Tóquio.
TRUMP NEGOU RECUO EM TARIFAS DE ELETRÔNICOS
No fim de semana, Donald Trump negou que tenha recuado em sua política tarifária
ao isentar produtos eletrônicos de taxas que haviam sido anunciadas
anteriormente pela Casa Branca. Em mensagem publicada em sua rede social, a Truth Social, Trump afirmou que “não houve exceção” no tarifaço promovido por seu governo, mas apenas uma mudança de determinados produtos para um “balde tarifário diferente”.
“Ninguém está sendo liberado dos desequilíbrios comerciais injustos e das
barreiras tarifárias não monetárias que outros países têm usado contra nós,
especialmente a China, que, de longe, nos trata pior! Não houve exceção
tarifária anunciada na sexta-feira”, escreveu Trump.
“Estamos analisando semicondutores e toda a cadeia de suprimentos de eletrônicos
nas próximas investigações de tarifas de segurança nacional. O que foi exposto é
que precisamos fabricar produtos nos EUA e que não seremos reféns de outros
países, especialmente nações comerciais hostis como a China, que fará tudo ao
seu alcance para desrespeitar o povo americano”, anotou Trump.
Na mensagem publicada pelo presidente norte-americano, ele afirma que os dias de
abusos comerciais supostamente praticados por outros países contra os EUA
“acabaram”.
Na última sexta-feira (11/4), a Casa Branca informou que smartphones,
computadores, chips e outros eletrônicos ficarão isentos das tarifas comerciais
[https://www.metropoles.com/negocios/em-novo-recuo-trump-tira-celulares-computadores-e-chips-de-tarifaco]
– de 145% sobre os produtos importados da China e 10% aos demais países. A lista de exceções ao “tarifaço” foi publicada pela US Customs and Border Protection [https://www.cbp.gov/], a alfândega dos EUA.
Além dos celulares, ficam isentos das tarifas laptops, discos rígidos,
processadores de computador e chips de memória. Em geral, esses itens não são
fabricados nos EUA.
Ainda na lista de produtos excluídos da aplicação das tarifas, aparecem máquinas
utilizadas para a fabricação de semicondutores. A medida do governo Trump,
interpretada como um novo recuo do presidente dos EUA na guerra comercial,
beneficiará gigantes do setor de tecnologia, como Nvidia, Dell e Apple – que fabrica iPhones e outros produtos na China.